“Foi um abraço de gentileza” diz Cury sobre assédio em Isa Penna
Deputado estadual Fernando Cury prestou depoimento ao Conselho de Ética da Alesp nesta quarta-feira (24/2)
atualizado
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São Paulo – Em depoimento à reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, o deputado estadual Fernando Cury (Cidadania-SP) declarou que seu gesto de abraçar a deputada Isa Penna (PSol-SP) por trás, apalpando seu seio, foi um “gesto gentil em um momento em que interrompia a conversar de Penna com a mesa diretora”.
Cury é acusado por Isa Penna de importunação sexual durante plenária da Assembleia Legislativa do estado de São Paulo (Alesp), na noite do dia 16 para o dia 17 de dezembro de 2020. No Conselho de Ética, a conduta do deputado é julgada por acusação de quebra de decoro parlamentar. Ele corre o risco de até perder o mandato.
“Não cometi crime nenhum. Nunca, em minha vida toda, recebi acusação semelhante a essa que estou recebendo. O abraço que eu dei na deputada Isa Penna foi justamente um gesto de gentileza, justamente porque eu ia interromper uma conversa que ela estava tendo com o presidente Cauê Macris”, explicou o parlamentar.
Segundo ele, foi um gesto “sem maldade e qualquer intenção sexual, mas que a deputada Isa Penna, no seu direito, considerou constrangedor. Queria mais uma vez pedir desculpas à deputada por qualquer tipo de ofensa”, afirmou Fernando Cury.
Testemunhas
Roberto Delmanto Jr, defensor de Fernando Cury (Cidadania), apostou em trazer apenas testemunhas mulheres, amigas de Fernando Cury de longa data. Delmanto enfatizou, com as testemunhas, de que Fernando Cury nunca teve problemas com mulheres.
Elas disseram não estar presentes no dia da sessão da plenária, que souberam do vídeo pela imprensa e pelas redes sociais e que não “viram nada demais no vídeo” e que a “reação na mídia foi desproporcional”.
Também declararam que não julgavam que a situação pudesse ser enquadrada como importunação sexual.
O deputado Barros Munhoz (PSB) chegou a se irritar com as perguntas de Delmanto às amigas de Fernando Cury. Declarou ao advogado de Fernando Cury que achava inadequado pedir a opinião das testemunhas em questões subjetivas.
Veja vídeo:
