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“Foi o 1 em 1 milhão”, diz amiga de jovem morto eletrocutado no Rio

Amiga de João Vinícius estava com ele no festival I Wanna Be Tour, no Rio de Janeiro, até pouco antes de ele ser eletrocutado

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Jovem morre eletrocutado ao encostar em food truck em festival de música emo no Rio de Janeiro - Metrópoles
1 de 1 Jovem morre eletrocutado ao encostar em food truck em festival de música emo no Rio de Janeiro - Metrópoles - Foto: Redes sociais

Amiga do jovem João Vinícius Ferreira Simões, de 25 anos, que morreu eletrocutado durante do festival I Wanna Be Tour, no Riocentro, zona oeste do Rio, a roteirista Amanda Mandy, 30, estava com ele até poucos momentos antes de sua morte, no último sábado (10/3).

Segundo ela, eles ficaram juntos até o show da baiana Pitty e chegaram a comentar sobre os raios e o medo de tomar um choque.

“Comentei sobre o medo de cair um raio e ser eletrocutada. Ele ainda falou que isso era um em um milhão. Jamais poderia imaginar que ele seria esse um em um milhão. Estou muito triste e chateada com tudo isso”, disse Mandy em entrevista à Splash, do portal Uol.

Segundo a amiga, ela decidiu ir embora do local em razão da tempestade. Já João Vinicius ficou para ver a principal atração do festival, a banda Simple Plan.

Molhado pela chuva e, na intenção de se abrigar, João Vinícius encostou em um food truck e foi atingido por uma descarga elétrica. Ele chegou a ser levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas não resistiu.

Segundo Amanda, João foi ao festival com um ônibus de excursão. Então, ele precisaria ficar até o fim para pegar o transporte na volta.

“Eu não deveria ter ido embora e ter deixado ele sozinho. Nunca vou me perdoar por isso. Se eu estivesse lá, poderia ter puxado ele para algum lugar coberto”, lamenta a amiga.

Ela lembra que o rapaz estava muito feliz e animado para ver Simple Plan e NX Zero. “Eu estou arrasada”, completou.

Tentativa de reanimação após João ser eletrocutado

Outra testemunha contou ter visto as pessoas correndo para tentar se abrigar da chuva. Ela decidiu cortar caminho e passou no meio dos foods trucks, quando viu João Vinícius.

“Quando eu cheguei no local coberto, ouvi os gritos, olhei para frente e vi o corpo dele caído no chão. Foram duas pessoas que gritaram muito e quem viu chegou a ficar assustado. Foi então que começaram a chamar os bombeiros, e o pessoal da equipe chegou dois minutos depois com a maca”, lembra.

A testemunha diz que uma ambulância saiu de um local privado e estacionou em frente onde eles estavam. “Levaram [João] até a ambulância e tentaram fazer a reanimação durante uns 20 minutos e depois saíram com a ambulância”, disse.

O Riocentro, local onde o evento foi realizado, indicou que está acompanhando o caso com a empresa 30e, responsável pelo festival. “A administração do centro de convenções está acompanhando o caso de perto junto à organização, para que a família receba toda assistência necessária”, declarou em entrevista.

Em comunicado oficial, a 30e também se pronunciou sobre a morte e lamentou o ocorrido.

Veja:

“Uma forte chuva atingiu o Rio de Janeiro enquanto o evento I Wanna Be Tour era realizado no Riocentro; e o público se dirigiu para a marquise coberta, seguindo os protocolos de segurança. Neste momento, lamentavelmente, ocorreu um incidente na área descoberta próxima a um food truck: o jovem João Vinícius Ferreira Simões foi atingido por uma descarga elétrica. O sistema de segurança foi acionado no mesmo instante para atendimento e para as providências de socorro. Apesar do pronto atendimento e de todos os esforços realizados pelas equipes médicas no evento e no hospital, o jovem não resistiu e, infelizmente, veio a óbito. A 30e, produtora do evento, lamenta profundamente e está apurando o ocorrido junto às autoridades. Até então, informações obtidas atestam a conformidade da operação do food truck. A produtora já estabeleceu um primeiro contato com a família do jovem para prestar solidariedade e dar toda assistência necessária.”

Respostas

A mãe de João Vinícius, Roberta Isaac Ferreira, 45, no entanto, disse nesse domingo (10/3) que não havia sido procurada por ninguém. Na manhã de domingo, ela foi até o Riocentro e tudo já estava sendo desmontado. Ela afirma não entender o que aconteceu e quer respostas para “os cabos expostos”.

O caso está sendo investigado pela 32ª DP, Taquara. Em nota, a Polícia Civil informou que a perícia será realizada:

“Apesar de o local não ter sido preservado até a chegada da polícia, a perícia será realizada e eventual prejuízo para as investigações será objeto de responsabilização na forma da lei. Os organizadores do evento e outras testemunhas serão chamados para prestar depoimento e diligências estão em andamento para apurar os fatos.”

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