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“Foi a milícia que matou Marielle”, diz Rivaldo Barbosa em depoimento

Conselho de Ética da Câmara dos Deputados ouve testemunhas no processo contra Chiquinho Brazão (sem partido-RJ)

atualizado

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Bruno Spada / Câmara dos Deputados
Foto colorida do depoimento do deputado federal Chiquinho Brazão no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do depoimento do deputado federal Chiquinho Brazão no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados - Metrópoles - Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados

O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa prestou depoimento ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (15/7). O delegado é ouvido no processo que pode resultar na cassação de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), apontado como um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes.

Rivaldo Barbosa defendeu, em diferentes momentos, que Marielle Franco e Anderson Gomes foram executados a mando da milícia do Rio de Janeiro. Por outro lado, ele enfatizou que não tem acesso às investigações.

“Foi a milícia que matou Marielle”, disse o ex-chefe da polícia do Rio, que também está preso sob a acusação de participação no planejamento do crime. “Desde o dia 31 de maio de 1969, eu nunca falei com nenhum irmão Brazão. Nem falei algo pessoal, profissional, ou pessoal. Na minha vida, eu nunca falei com eles. Eu não existo para eles. E eles não existem para mim, com o respeito que eu tenho ao ser humano”, complementou.

Rivaldo Barbosa assumiu a Polícia Civil um dia antes da morte da vereadora. Segundo a Polícia Federal (PF), ele teria auxiliado os mandantes dos assassinatos no planejamento do crime e atrapalhado as investigações.

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Delegado Rivaldo Barbosa, preso no caso Marielle, chegando à sede da PCDF para exames no IML
PF aponta hipóteses para motivação do assassinato de Marielle Franco
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Chiquinho Brazão chegando à sede da Polícia Civil no DF para realização de exames no IML

Breno Esaki/Metrópoles @BrenoEsakiFoto
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Delegado Rivaldo Barbosa, preso no caso Marielle, chegando à sede da PCDF para exames no IML

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Emmanuele Contini/NurPhoto via Getty Images
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PF aponta hipóteses para motivação do assassinato de Marielle Franco

Renan Olza/Camara Municipal do Rio de Janeiro

Rivaldo Barbosa nega qualquer envolvimento no crime. Segundo ele, a única participação dele na investigação foi para designar o delegado responsável para apurar o caso, no caso o delegado Giniton Lages.

Chiquinho Brazão e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio (TCE-RJ), são suspeitos de terem mandado matar Marielle Franco em 2018, no Rio de Janeiro. Os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa foram presos em março deste ano por envolvimento no crime.

Depois da prisão dos irmãos Brazão, a bancada do PSol pediu a cassação do mandato de Chiquinho Brazão por quebra de decoro parlamentar. Em 2018, ele e Marielle Franco eram vereadores na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. “Eu já perdi 15 kg e a única coisa que eu fiz foi indicar o delegado que prendeu Ronnie Lessa”, enfatizou o ex-chefe da Polícia do Rio.

Processo de cassação

O Conselho de Ética da Câmara iniciou na semana passada a oitiva de testemunhas. A relatora do processo contra Chiquinho Brazão, Jack Rocha (PT-ES), marcou o depoimento de 15 testemunhas. Entre elas está o deputado federal alvo da ação.

Além de Rivaldo Barbosa, está previsto o depoimento de Willian Coelho, vereador do Rio; Paulo Sérgio Ramos, ex-deputado federal; e Carlos Alberto Lavrado Cupello.

Durante o depoimento, Willian Coelho ressaltou que não houve embates entre Marielle Franco e Chiquinho Brazão enquanto ele esteve na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

“Eu nunca presenciei nenhuma animosidade, nenhum problema, nenhuma operação com o deputado Chiquinho Brazão. Foi um vereador muito atuante na Câmara, sempre defendeu suas posições com muita educação”, defendeu o vereador do Rio.

Paulo Sérgio destacou a ampla investigação do caso Marielle para que não tenha nenhuma irregularidade. Ele informou ter ficado espantado com o indiciamento de Chiquinho Brazão na morte da vereadora.

“As investigações devem ser muito determinadas, devem levar em consideração as falas que vão sendo olhadas. Eu fiquei surpreso, porque houve idas e vindas nas investigações em relação à tentativa de achar os mandantes. Mas eu, a priori, dei o conhecimento que tenho e que eu fiquei muito surpreso”, indicou o ex-deputado federal.

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