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Fogo: estudo aponta aumento de 30% na emissão de CO2 entre 2019 e 2022

O estudo foi realizado pelo Observatório Brasileiro das Desigualdades e apontam para o aumento de 30% nas emissões de CO2 por pessoa

atualizado

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Divulgação/Governo de São Paulo
Imafgem colorida de incêndio - Metrópoles
1 de 1 Imafgem colorida de incêndio - Metrópoles - Foto: Divulgação/Governo de São Paulo

O Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades lançou, nesta terça-feira (27/8), os dados atualizados do  Observatório Brasileiro das Desigualdades. Essa é a segunda edição do relatório, a primeira foi lançada em agosto de 2023. Os dados apontam para o aumento de 30% nas emissões de dióxido de carbono (CO2) por pessoa entre os anos de 2019 e 2022.

O Observatório analisou 42 indicadores, distribuídos em 9 temas e articulados em diferentes dimensões. O estudo foi coordenado pela Ação Brasileira de Combate às Desigualdades (ABCD), iniciativa que conta com o suporte financeiro de organizações sociais, associações de municípios, centrais sindicais, entidades de classe, instâncias governamentais do Executivo e Legislativo federal, estadual e municipal e do Poder Judiciário.

Os dados apresentados calculam as mudanças de 2019 a 2022 e mostram que as emissões de CO2 per capita e por mudança de uso da terra e florestas no país aumentaram a participação nas emissões totais de 45% para 48,3%, isso em um cenário em que as emissões totais também cresceram.

O estudo aponta para um elevado crescimento das emissões de um dos gases do efeito estufa no Brasil em quatro anos.

“Parte significativa dessas emissões vem da mudança de uso do solo, que consiste grosso modo no desmatamento para abrir espaço para usos como agropecuária, mineração ou mesmo urbanização”, afirma o texto. E, como se sabe, parte considerável dessas emissões é proveniente de incêndios florestais, como os que assolaram o país nos últimos dias.

“O indicador marca a responsabilidade do Brasil como um dos grandes emissores de gases de efeito estufa, em um panorama de necessidades de redução expressiva para cumprir o Acordo de Paris e estabilizar o aquecimento do planeta”, diz o relatório.

Segundo o Observatório Brasileiro das Desigualdades, o Brasil observou um aumento expressivo das emissões de CO2 por pessoa desde o ano de 2019 ao ano de 2022. Em 2019 o índice era de 8,7 de toneladas de CO2 per capita e, em 2022, a taxa registrada foi de 11,4 de toneladas de CO2 por pessoa, o que representa um aumento de 31% na emissão do gás.

Ao realizar uma análise por região do ano de 2019 para o de 2022, o relatório mostra que o Centro-Oeste e o Nordeste tiveram o maior aumento na emissão do gás. Apesar disso, o Norte segue sendo a região do Brasil com a maior taxa de emissão do CO2, com 41,8 de toneladas CO2 por pessoa.

Variação entre 2019 e 2022

  • Centro-Oeste quase dobrou seu nível de emissões per capita: aumento de 48%;
  • Nordeste presenciou um crescimento de 37%.

Os dados ainda apontam para um aumento de 40% nas emissões de CO2 por mudança de uso da terra, tendo como destaque as regiões Norte e Centro-Oeste que, somadas, abrangem 81% das mudanças.

“As regiões Norte e Centro-Oeste respondem juntas por mais de 80% das emissões por mudança de uso do solo, reflexo da expansão da fronteira agrícola e de atividades extrativistas, como a mineração, que se acelerou nos últimos anos”, aponta o Observatório .

Veja o gráfico das emissões por região

 

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