Fogo dá trégua no Pantanal, mas nova onda de calor preocupa
Ministra do Meio Ambiente alerta que onda de calor pode reverter tendência de baixa e voltar a estado mais crítico
atualizado
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Após um início de mês com média diária superior a 63 queimadas por dia, o fogo começa a dar trégua no Pantanal. Nos primeiros seis dias de julho, foram 381 focos de calor identificados pelos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No entanto, do dia 7 em diante, os incêndios reduziram.
Do dia 7 até a última terça-feira (16/7), foram 29 registros em dez dias. Nos dias 7, 10 e 14, não houve ocorrências de queimadas no Pantanal, conforme os registros do Inpe. O momento de redução no fogo foi celebrado, inclusive, pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, na terça, após visita técnica ao bioma.
Apesar do cenário de relativo alívio, a ministra fez um alerta. “Nós sabemos, a partir do final da semana, vai vir uma onda de calor, baixa de umidade, risco de de novo a gente ter incêndios. Portanto, Corpo de Bombeiros, Ibama, ICMBio, todos os parceiros, vamos nos manter mobilizados para salvar o Pantanal”, disse.
Um dos motivos de celebração do governo federal é que o combate de 55 queimadas nos quais estava envolvido apresentou resultados. Na terça, do total 31 haviam sido extintos. Havia também 24 ativos, mas 22 destes considerados controlados, o que significa que as chamas estavam cercadas e com pequenos risco de expansão.
O fogo consumiu, de 1º de janeiro a 7 de julho, conforme dados da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 762.875 hectares o que equivale a cinco vezes o tamanho da cidade de São Paulo.
Concentração
De um conjunto de 3.919 focos de calor no Pantanal, 2.674 (68,2%) foram apenas no município de Corumbá (MS). O município de Cáceres (MT) também teve uma quantidade considerável de fogo: 435 (11,1%).
Nesta terça, o Metrópoles mostrou que um dos dificultadores do trabalho de combate ao fogo no Pantanal é a carência de tripulação e aeronaves com características necessárias a este tipo de tarefa. Para amenizar o problema, o governo federal publicou uma Medida Provisória que dispensa a necessidade de acordo bilateral para que instituições estrangeiras atuem no Brasil em situações de emergência.