Flordelis punia crianças com surras e pimenta na boca, diz testemunha
Mulher que morou na casa da deputada no fim dos anos 90 disse que Flordelis também castigava fisicamente os menores acolhidos
atualizado
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro aprofundou as reconstituições do cotidiano da família da deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD) para apurar a morte do marido dela, pastor Anderson do Carmo. Segundo informações reveladas pelo jornal Extra, um testemunha que trabalhou na casa do casal no fim dos anos 90 revelou ter presenciado crianças sendo punidas com pimenta na boca, além de agressões físicas.
A funcionária morou na casa de Flordelis em Rio Comprido e ajudava a cuidar dos menores. A testemunha também informou à polícia que adolescentes acolhidos pela pastora trabalhavam e todo o dinheiro era repassado ao casal.
De acordo com o depoimento da mulher, Flordelis agredia fisicamente os pequenos que não se comportavam e passava pimenta na boca da criança que falasse palavrão.
Vida dupla
Nesta semana, uma empresária de 32 anos disse, em depoimento, que Flordelis frequentava uma casa de swing (troca de casais). No depoimento, ela contou que, durante um culto liderado pela pastora, uma supervisora reconheceu Flordelis como “a mulher que frequentava a casa de swing que eu frequento”.
De acordo com a mulher, a deputada tinha “um quarto exclusivo” no local, algo que “era muito caro”. As informações são do Jornal do SBT.
Quando ouviu as declarações da supervisora, a empresária lembrou de outro momento que chamou atenção. Ela diz que esteve na casa da pastora em um dia que o acesso era proibido aos fiéis e, na ocasião, encontrou Flordelis, Anderson, a filha biológica Simone, e o marido dela, André, todos saindo de um quarto, de toalha. E acrescentou que havia mais pessoas no local.
A testemunha ainda disse que a supervisora contou que, na casa de swing, além de Flordelis, sempre estavam o pastor Anderson, a filha e o genro. E, em uma das vezes na qual encontrou a parlamentar no local, ela estava “completamente bêbada”.