Flordelis diz ter sido humilhada pelo filho: “Estou descontente”
A deputada destacou que Misael precisa dar “explicações sobre muitas coisas”. Outro filho do casal acusou o vereador de participar do crime
atualizado
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A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) afirmou ter sido humilhada pelo vereador Misael, um de seus filhos adotivos. A parlamentar disse que, após a morte do marido, o pastor Anderson de Souza, tentou contato com o rapaz diversas vezes, mas não teve sucesso. “Estou descontente com esse filho”, declarou. Em entrevista ao SBT Rio, a congressista também levantou suspeitas sobre a execução do esposo.
“Eu amo meu filho, amo todos os meus filhos. O Misael precisa dar explicações sobre muitas coisas. Por que no dia do velório ele mandou alguém pegar o celular do meu marido e apagar as mensagens? Por que ele mentiu?”, questionou.
Na semana passada, Flordelis apresentou uma carta, supostamente escrita pelo filho Lucas Cezar dos Santos, envolvendo o vereador na trama da morte do religioso. “Ele exonerou pessoas do gabinete dele para colocar algumas que estavam ao seu lado. Estou descontente com esse filho. Ele sabe que estou falando a verdade. Isso tudo que ele está fazendo vai de encontro ao que o meu Lucas disse na carta”, destacou a congressista.
Momento antes de conceder a entrevista, a parlamentar recebeu a visita de representantes do Conselho Tutelar de Niterói. Flordelis foi intimada a dar explicações sobre as condições de uma menor, chamada por ela de filha, que vive em sua casa em situação irregular.
Caso
O pastor Anderson do Carmo foi morto a tiros na madrugada do dia 16 de junho. O crime ocorreu na garagem da casa onde ele morava com Flordelis, filhos e netos, no Rio de Janeiro. O laudo da necrópsia apontou que o corpo do líder religioso tinha 30 perfurações.
Filhos da deputada, Lucas Cezar dos Santos e Flávio Rodrigues estão presos pela morte do pai. Apenas Flávio é filho biológico de Flordelis. Em depoimento, ele confessou ter dado seis tiros no padrasto. Já Lucas é filho adotivo do casal e acusado pela polícia de intermediar a compra da arma do crime.
Os dois foram indiciados na primeira fase do inquérito por homicídio qualificado.