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Flordelis: celular do pastor foi ligado em Brasília após o crime

Polícia de São Gonçalo detectou conexão do fone do marido da deputada à rede wi-fi na casa de delegado da PF após o assassinato, diz jornal

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Anderson, Yvelise e Flordelis
1 de 1 Anderson, Yvelise e Flordelis - Foto: Reprodução

A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) trabalha com a informação de que o celular do pastor Anderson do Carmo, marido da deputada federal Flordelis dos Santos (PSD-RJ), foi ligado pela última vez na casa de um delegado da Polícia Federal em Brasília. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (22/01/2020) pelo RJ TV 2ª edição, da TV Globo. O telefone de Anderson – assassinado a tiros na madrugada do dia 16 de junho do ano passado ao chegar em casa em Niterói – nunca foi encontrado pela polícia.

As informações são do jornal Extra.

Os policiais descobriram que horas após o crime o celular foi conectado à rede de wi-fi da casa do senador Arolde de Oliveira (PSD) na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Na ocasião, foi inserido um chip em nome de Yvelise de Oliveira, esposa de Arolde.

Arolde esteve na residência da família cerca de nove horas após o assassinato de Anderson. Ele chegou ao local por volta de meio-dia. O senador é um dos padrinhos políticos de Flordelis. Ambos fizeram campanha juntos em 2018, ano em que acabaram eleitos, ao Senado e à Câmara, respectivamente. Arolde também compareceu ao velório de Anderson, realizado na noite do dia 16, na sede do Ministério Flordelis, em São Gonçalo.

De acordo com as investigações, após ter sido detectado na casa do senador, o aparelho teria sido levado a Brasília. Na capital federal, o telefone foi conectado à rede wi-fi de um delegado federal com um chip em nome de um pastor. Os nomes do policial e do pastor não foram revelados.

Yvelise foi intimada a prestar depoimento, como testemunha.

A ligação entre a família de Flordelis e de Arolde vai além do relacionamento político. Há mais de 10 anos, a deputada federal é contratada da MK Music, gravadora do senador e sua esposa Yvelise, que é presidente da empresa. Em nota divulgada nessa quarta-feira, Arolde afirmou que ele e sua esposa estão à disposição da polícia.

“A situação, de onde saiu essa trama, é tão absurda que nem tenho o que dizer. Não sei a origem disso. Deve se tratar de um assunto de natureza política. Estamos à disposição e vamos aguardar o desenrolar da Justiça”, diz o comunicado.

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