Flordelis aponta filha Simone como mandante da execução do pastor
Em entrevista a Bial, que será exibida nesta quinta, a deputada disse que a filha sofria abusos sexuais, mas que isso não justifica ação
atualizado
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A pastora e deputada federal Flordelis, acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, afirmou que a filha Simone foi a responsável por chefiar a execução do religioso. Ele foi morto em junho de 2019, na garagem da casa onde morava com a mulher e os filhos. A declaração foi dada em entrevista ao programa Conversa com Bial, que vai ao ar nesta quinta-feira (25/3).
Na entrevista, Flordelis tenta explicar as contradições e os fatos que fizeram o Ministério Público do Rio de Janeiro considerá-la a mentora do crime.
Ela também dá a sua versão para a trama familiar que explicaria por que duas filhas do casal teriam motivações para matar Anderson.
Além da deputada, foram acusados de participar do crime os filhos Flávio, Lucas, Simone, Marzy, Adriano, André e Carlos e a neta Rayane. Todos foram presos, menos Flordelis, porque ela tem imunidade parlamentar. Desde então, ela usa uma tornozeleira eletrônica enquanto aguarda seu julgamento.
Com as novidades surgidas no caso, os holofotes se voltaram para Simone, fruto do primeiro casamento da deputada.
Veneno letal
Simone, que fez buscas na internet por termos como “envenenamento”, “matador de aluguel”, “veneno pra matar pessoa que seja letal e fácil de comprar”, disse em depoimento que a ideia do assassinato partiu dela e que entregou dinheiro a sua irmã Marzy para comprar a arma do crime – o que Marzy negou à Justiça.
A advogada de Simone diz que sua cliente assumiu ser a mandante do assassinato. O motivo seriam os abusos sexuais que supostamente ela sofria do padrasto. A acusação diz que as declarações de Simone não são suficientes para determinar que ela é a autora do crime, mas Flordelis, que alegou não saber dos abusos sofridos pela filha, endossa a versão.
“Além de estar com câncer, sofrendo com câncer, ela carregava isso sozinha, em silêncio, esses assédios, esses estupros. Ela carregava sozinha, Bial. Não estou defendendo ela, porque não concordo com o que ela fez. Eu discordo 100%. Ela não podia ter feito isso, não é matando que resolvemos os problemas”, disse.