Flávio sobre Queiroz ter pagado escola de filhas: “Ilação da ‘injustiça'”
O MPRJ apontou indícios de que o ex-assessor teria quitado mensalidades no lugar do senador. Ele nega as acusações
atualizado
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A defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) afirmou, nesta sexta-feira (19/06), que as acusações do Ministério Público do Rio de Janeiro, de que o ex-assessor Fabrício Queiroz pagou mensalidades escolares das filhas do parlamentar, são “ilações da ‘injustiça’ do Rio”.
“O patrimônio do Senador é totalmente compatível com seus rendimentos e isso ficará inequivocamente comprovado dentro dos autos”, diz nota.
Os promotores apresentaram à Justiça o que eles consideram provas de que Queiroz atuava como uma espécie de operador financeiro de Flávio. Os investigadores obtiveram imagens do ex-assessor fazendo pagamentos no caixa do banco, que pelo horário, pela data e pelos valores, foram feitos para a quitação das mensalidades escolares das filhas do senador.
Os valores dos pagamentos de Queiroz também coincidiam com os custos financeiros das mensalidades, além de existir coincidência do horário das imagens de Queiroz e do horário da quitação dos boletos. Dessa forma, os promotores avaliaram que Queiroz foi o responsável pelos pagamentos.
Prisão
Queiroz foi preso nesta quinta-feira, em Atibaia (SP), durante a Operação Anjo, do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) em conjunto com a Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo (MPSP). A residência em que o ex-assessor foi encontrado pertence ao advogado Frederick Wassef, que representa o presidente Jair Bolsonaro e Flávio em processos.
Queiroz foi assessor de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Ele é investigado e teve a prisão preventiva decretada por suspeita de participação em um esquema esquema de “rachadinha”.
De acordo com a investigação, funcionários de Flávio, então deputado estadual, devolviam parte do salário e o dinheiro era lavado por meio de uma loja de chocolate e de um investimento em imóveis.