Flávio repassou R$ 500 mil de fundo partidário a alvo do caso Queiroz
O assessor do senador foi citado pelo empresário Paulo Marinho como um dos que teriam recebido informações da PF sobre operação
atualizado
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O PSL contratou em fevereiro do ano passado, a pedido do senador Flávio Bolsonaro (atualmente no Republicanos-RJ), escritório de advocacia de um ex-assessor envolvido no suposto vazamento de informações da Polícia Federal (PF) ao filho de Jair Bolsonaro (sem partido). As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
O contrato, com duração de 13 meses, tinha valor de R$ 500 mil. De acordo com as notas fiscais da prestação de contas do partido, o escritório Granado Advogados Associados, do qual o advogado Victor Granado Alves é sócio, foi contratado com dinheiro do fundo partidário para prestar serviços jurídicos ao diretório comandado por Flávio.
Victor, assessor de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), foi citado pelo empresário Paulo Marinho, em entrevista à colunista Mônica Bergamo, como um dos assessores do parlamentar que teriam recebido informações de um delegado da PF.
Pelo contrato, seria pago um valor de R$ 40 mil por mês ao escritório de advocacia. O partido informou que houve notificação de rescisão do contrato em 15 de janeiro deste ano, mas que uma cláusula determinava o rompimento apenas 60 dias depois da comunicação.
A Polícia Federal investiga a denúncia de Marinho sobre suposto vazamento de informações, que tem o filho do presidente como peça central da apuração. De acordo com o suplente do senador, Flávio soube da Operação Furna da Onça dois meses antes.
Esse caso é mais um episódio no inquérito, autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que apura uma possível interferência política de Jair Bolsonaro (sem partido) na PF.