Flávio Dino confirma que Brasília receberá reforço policial de outros estados
Segundo Dino, forças de segurança estão realizando perícias nas sedes dos Três Poderes, invadidas por terroristas neste domingo (8/1)
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou, neste domingo (8/1), que Brasília receberá, a partir de segunda-feira (9), reforço de policiais militares de outros estados para conter a realização de atos antidemocráticos.
“Alguns governadores estão cedendo policiais militares que nós estamos, por ato meu, do Ministério da Justiça, mobilziando para fortalecerem a segurança do Distrito Federal a partir de amanhã e dos próximos dias”, disse.
Segundo Dino, forças de segurança estão realizando perícias nas sedes dos Três Poderes, invadidas por terroristas durante atos antidemocráticos.
De acordo com o ministro, ao menos 200 pessoas form detidas e 40 ônibus foram apreendidos, mas as autoridades ainda estão realizando prisões.
O chefe da Segurança também afirmou que os prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF) foram retomados pelas autoridades policiais, mas sofreram “danos gravíssimos”.
Atos antidemocráticos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, na tarde deste domingo (8/1), uma intervenção federal na segurança pública do DF por meio da Garantia da Lei e da Ordem (GLO). O objetivo é frear a depredação que manifestantes bolsonaristas promovem nos prédios dos Três Poderes.
O decreto de intervenção assinado por Lula permite que as Forças Armadas atuem na capital federal para a retomada da ordem pública. Por determinação da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, a Polícia Militar foi convocada para atuar na conteção aos manifestantes, mas não obteve êxito.
Aos gritos de “faxina geral” e ao som do Hino Nacional, bolsonaristas ocuparam a Esplanada dos Ministérios, na tarde deste domingo (8/1), em protesto contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições 2022.
Por volta das 14h40, extremistas invadiram o Congresso Nacional sob uma chuva de bombas de gás lacrimogênio. Em seguida, conseguiram passar pelas barricadas da Polícia Militar do Distrito Federal e entrar no Palácio do Planalto, sede da Presidência da República.
Vidraças, cadeiras e mesas dos dois prédios públicos foram quebradas (veja fotos do interior do Palácio do Planalto depredado). Funcionários do Congresso Nacional que estavam de plantão foram ameaçados.
O último alvo dos manifestantes extremistas foi o Supremo Tribunal Federal (STF). O prédio do órgão do Judiciário foi invadido por volta das 15h45.