Flávia Arruda sobre subsídio para combustível: “Ainda não é o momento”
Secretária de Governo afirmou que o PLP que fixa a cobrança do ICMS dos combustíveis era o que poderia ser feito no momento
atualizado
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A ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL), não descartou a possibilidade de o governo federal criar um subsídio para o combustível, mas afirmou que ainda não é o momento. A ministra, que é deputada licenciada, prestigiou o “mutirão” de filiação ao PL, neste sábado (12/3), na sede do partido, em Brasília.
“A gente precisa ter consciência do momento que está vivendo. Hoje, o que estava programado no governo era a aprovação desse PLP [que fixa a cobrança do ICMS dos combustíveis]. Tanto o Senado quanto a Câmara foram muito habilidosos, rápidos para poder aprovar e o presidente [Jair Bolsonaro] sancionou”, analisou Flávia Arruda.
Para a secretária de Governo, a medida que poderia ser tomada era essa para o reajuste adotado pela Petrobras. “Mas temos que lembrar que vivemos um momento de guerra. Acho que não dá para ter nenhuma previsibilidade no momento e falar assim: ‘O prazo é amanhã ou depois’, sem saber quanto tempo esse período de guerra ainda vive”, afirmou a ministra, na entrada do evento.
“Não podemos descartar possibilidade de alguma medida importante [o subsídio], com responsabilidade fiscal, mas o presidente está muito atento, muito preocupado e atento todo dia nessa movimentação, nos efeitos desse reajuste. Mas o que norteia agora é quanto tempo essa guerra vai durar”, considerou.
Ao ser questionada sobre mudanças na política de preço da Petrobras, tão criticada pelo presidente Jair Bolsonaro, a ministra descartou a possibilidade e disse que o PLP 11/20 terá efeito imediato.
“Não, essa era a medida que tinha que ser tomada, a aprovação desse PLP, agora sancionado. O efeito dele vai ser imediato e a gente aguarda aí os próximos passos. Vivendo um dia de cada vez, enfrentando os desafios de todo dia, com muita tranquilidade em relação às decisões, mas também com muita preocupação de tudo que está acontecendo, precisa estar atento a tudo isso”, disse.
O projeto, todavia, estabelece um período de transição até o final de 2022 para os estados se adequarem. O governo vai zerar a cobrança de PIS/Cofins para o diesel e óleo, mas o impacto, segundo o Ministério da Economia, será de R$ 0,33.