Flamengo propõe indenização individual para cada família das vítimas
Após audiência de conciliação sem qualquer acordo entre o clube e os familiares, presidente do clube diz que as conversas foram retomadas
atualizado
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Dezesseis dias após o incêndio no Centro de Treinamento do Flamengo que deixou 10 adolescentes mortos, o presidente do clube, Rodolfo Landim, afirmou que voltou a conversar com algumas famílias sobre os valores de indenizações. Segundo ele, o Flamengo quer discutir caso a caso e chegar a um consenso com cada um dos responsáveis pelas vítimas da tragédia.
Como o processo corre em segredo de Justiça, Landim não informou qual o valor da soma, mas adiantou que as indenizações serão o dobro do já foi determinado pela Justiça em casos semelhantes anteriormente.
“Não tivemos a intenção de chegar a uma indenização única para todas as famílias, cada situação é distinta, e isso é o que reforçávamos na hora de acertar com as autoridades”, comentou. De acordo com ele, já houve uma conversa com pais de uma das vítimas, na última sexta-feira (22/2), e há outros encontros agendados.
Indenizações
Em tentativa de acordo na última quinta (21), com mediação feita pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a diretoria do clube e as famílias não conseguiram se entender. O Ministério Público do Rio (MPRJ) e a Defensoria Pública haviam sugerido anteriormente um valor de R$ 2 milhões por família mais uma pensão mensal de R$ 10 mil até quando os jogadores completassem 45 anos.
O Flamengo, no entanto, recusou a proposta do MPRJ e ofereceu como contraproposta uma indenização de R$ 700 mil mais uma pensão de três salários mínimos por 10 anos.
Tragédia
Um incêndio em um dos alojamentos do Ninho do Urubu no dia 8 de fevereiro deixou 10 jovens jogadores da base mortos e outros feridos, um deles em estado grave. O local tinha autorização para funcionar como um estacionamento. Segundo informações preliminares, o fogo teve início após um curto no ar-condicionado.
Sobre o alvará de funcionamento no local, o presidente do clube disse que o Flamengo já tinha autorização para módulos semelhantes ao que pegou fogo em 2010. Em relação às multas, Rodolfo Landim disse não ter conhecimento delas e, após o incêndio, conseguiu identificar 23 penalidades emitidas ao Flamengo.