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“Fizemos a maior greve da história”, diz presidente da CUT

De acordo com centrais sindicais, a última grande greve no País, em 1989, contra o Plano Verão, do governo Sarney, teve 35 milhões de adesõe

atualizado

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greve geral, manifestação, esplanada dos ministérios
1 de 1 greve geral, manifestação, esplanada dos ministérios - Foto: Michael Melo/Metrópoles

As centrais sindicais que organizaram a greve geral de ontem afirmam que não contabilizaram números de adesões, mas, segundo a Força Sindical, mais de 40 milhões de pessoas pararam ou fizeram manifestações em todos os Estados. De acordo com as entidades, a última grande greve no País, em 1989, contra o Plano Verão, do governo Sarney, teve 35 milhões de adesões.

“Fizemos a maior greve da história”, afirma o presidente da CUT, Vagner Gomes. “Foi uma resposta ao presidente Michel Temer e ao Congresso de que a sociedade não concorda com o fim da CLT, da aposentadoria e com a terceirização.”

Pressões para que as reformas sejam negociadas vão continuar e uma nova greve geral não está descartada. O próximo passo é tentar convencer os senadores a rejeitarem a reforma trabalhista, já aprovada na Câmara. “Vamos ocupar Brasília para que o Senado não vote as reformas”, avisa Gomes.

A ideia, explica o presidente da UGT, Ricardo Patah, é visitar todos os senadores, em seus gabinetes ou residências. Na terça-feira, dirigentes das nove centrais que se uniram na organização da greve têm encontro marcado para traçar as próximas ações conjuntas. No dia 8 haverá mais uma reunião.

O presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, afirma que a greve foi um recado para que o governo abra negociações para se fazer uma reforma “civilizada”, sem retirar direitos conquistados, e que não seja feita só pelo governo e o Congresso, mas com a participação dos trabalhadores.

Em resposta a críticas de que a greve só ocorreu porque houve piquetes e barreiras em importantes vias, com pneus incendiados, Gomes diz que é assim que ocorre na França, no Brasil e em outros países. “Greve não é um acordo entre a sociedade e o governo, é um confronto. Se o governo fizesse as coisas certas isso não ocorreria.”

Divergências

Embora unidades na greve, as centrais têm divergências. A Força, por exemplo, é a favor da reforma da Previdência, mas num modelo diferente. A CUT é contra qualquer mudança que amplie prazos para aposentadoria. No campo político, as diferenças são ainda maiores. A CUT foi contra o impeachment de Dilma Rousseff, enquanto a Força apoiou o processo de cassação da petista.

Também participaram da organização dos protestos de ontem as centrais CTB, Intersindical, CSB, NCST, CGTB e CSP-Conlutas.

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