Fisiculturista se passa por médico para vender anabolizantes em MG
Ele se apresentava como médico endocrinologista, fisioterapeuta e educador físico espanhol, mas não tem formação na área e é brasileiro
atualizado
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Valério Marques é fisiculturista e foi preso na quarta-feira (11/5) em Belo Horizonte. O motivo da detenção: vender medicamentos e anabolizantes não autorizados no Brasil. Para isso, se apresentava como um médico endocrinologista, fisioterapeuta e educador físico espanhol. Longe da Europa, nasceu em Minas Gerais.
Para sustentar a mentira, usava até um sotaque falso. Também mostrava credenciais em seu perfil nas redes sociais, mas não tinha sequer formação na área da saúde. Ouça aos áudios divulgados pela polícia:
“Ele usava sempre esse sotaque, inclusive no atendimento às pessoas. Ele marcava horário, falava o horário que estava disponível para fazer o atendimento, marcava preço. Inclusive para enganar as pessoas, ele falava que ele atendia mais caro, que custaria R$ 800, que ele teria que fornecer a receita para pessoa comprar o medicamento e que, se ele atendesse na academia dele, seria R$ 200 porque não precisaria de pagar o hospital em tese, quando a gente sabe que ele não atendia em nenhum hospital. Ele não era médico”, relatou o delegado Rafael Alexandre de Faria ao G1.
Ele começou a ser investigado no início do ano. A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na casa e academia de Valério, onde encontraram R$ 20 mil em espécie, anotações, aparelhos celulares, computadores e os produtos proibidos: anabolizantes, esteroides e medicamentos de origem paraguaia e suíça.
O acusado alegou que as substâncias eram de consumo próprio e que o sotaque foi adquirido pela convivência com amigos. Admitiu não ter formação na área e ser apenas um fisiculturista, mas disse que fez um curso de fisiculturismo com matérias de nutrição e, por isso, se autoentitulava como fazia.
A polícia afirma que as investigações continuam apurando outros possíveis crimes, como exercício ilegal da medicina e estelionato, além de averiguar um eventual envolvimento da esposa do criminoso no esquema. Afirma ainda que as vítimas enganadas devem procurar a Polícia Civil.
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