Fisiculturista espanca homem de 65 anos após colisão de carros no Rio
Joaquim Fernando desceu do carro e desferiu socos e pontapés em Mário Batista que, mesmo derrubado no chão, continuou sendo agredido
atualizado
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Um acidente de trânsito no Méier (RJ) quase terminou em tragédia. Após colisão entre três carros, um fisiculturista de 22 anos espancou um homem de 65. Segundo testemunhas, Joaquim Fernando Mourão, que dirigia um Jeep Renegade e estava acompanhado da namorada, trafegava em alta velocidade e forçava ultrapassagens. As informações são do jornal Extra.
Mário Batista Costa, que seguia com a esposa para o trabalho, dirigia uma Mitsubishi Triton l200 e colidiu na lateral esquerda do Jeep. Um táxi também foi atingido no acidente. O atleta desceu do carro e desferiu socos e pontapés no homem que, mesmo derrubado no chão, continuou sendo agredido, principalmente na cabeça.
“Ele parou o carro, eu fui para perto e perguntei porque ele estava naquele desespero, mas não respondeu e foi em cima do meu marido agredi-lo”, contou a esposa da vítima, Maria da Conceição Pereira, 60.
Testemunhas acionaram policiais militares achando se tratar de um roubo. Quando os agentes chegaram ao local, conseguiram conter o agressor, que foi encaminhado para a 26ª DP. Na delegacia, testemunhas relataram, indignadas, a reação do jovem.
“Se os agentes não chegassem a tempo, provavelmente o agressor mataria o senhor de idade, pois estava descontrolado”, contou um taxista.
Mário foi levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e depois transferido, pelos familiares, para um hospital particular. Fez exames e ficou internado em observação por 24 horas. Ele já recebeu alta, mas, de acordo com os parentes, o homem apresenta lapsos de memória.
A ocorrência foi registrada como lesão corporal. Procurada, a defesa de Joaquim Fernando disse que ele é inocente e “não agiu em qualquer ato voluntário de violência contra a vida de Mário Batista Costa ou contra a vida de terceiros no evento danoso da colisão de veículos, sendo vítima da situação, e as alegações unilaterais produzidas que não condizem com a realidade dos fatos”.
Em nota, Esther Gama de Vasconcelos, advogada do fisiculturista, ressaltou ainda que seu cliente é tão vítima da situação que sofreu os maiores danos, “que veio a ser abalroado por um veículo de maior porte que é de propriedade do Sr. Mario, que por fato fortuito e força maior, não apenas colidiu com o Sr. Joaquim, mas também com os outros veículos, podendo ter tido a situação atos mais graves de lesão”.
Por fim, disse que o fisiculturista se defendeu de uma “injusta agressão”. “Após o dano, o Sr. Mario e sua esposa foram em direção ao meu cliente questionar o que tinha acontecido, quando o mesmo, em estado emocional descontrolado, veio a culpar o meu cliente dos seus prejuízos, e passou a lhe desferir uma injusta agressão, e o Sr. Joaquim para se defender afastou-se e tentou se proteger, já que estava em vias de ser agredido por todos envolvidos no evento, estando na iminência de um possível linchamento, sendo protegido pela Guarda Local que chegou imediatamente para conter a situação”. A família de Mario e testemunhas negam que ele tenha desferido alguma agressão contra o atleta.