metropoles.com

Firjan estima custo extra de R$ 115,5 bilhões com fim da escala 6×1

Texto prevê que carga horária seja diminuída de 36 para 44 horas semanais. Proposta é de autoria da deputada federal Erika Hilton

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
CNI/Divulgação
CNI-industria
1 de 1 CNI-industria - Foto: CNI/Divulgação

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) estima um custo extra de R$ 115,5 bilhões ao ano com o fim da escala 6×1. A mudança está atrelada à redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas semanais. A medida faz parte de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada pela deputado federal Erika Hilton (PSol).

A proposta da deputada prevê que em vez de trabalhar seis dias e folgar um na semana, os trabalhadores cumpririam até quatro dias labor e teriam direito a três de descanso. A federação informou ao divulgar o estudo que para o cálculo foram levados em conta os trabalhadores contratados, mediante a necessidade de manutenção da produtividade atual das empresas.

A base de dados para a estimativa, divulgou a Firjan, foi retirada do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O incremento médio com gastos de pessoal foi estimado em 15,1%. Apesar disto, o impacto pode ser maior em setores como Extração de Petróleo e Gás Natural, podendo chegar a até 19,3%.

Outro ponto criticado pela Firjan com a possível adoção da proposta é a disponibilidade de mão de obra qualificada. Ela cita que uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) identificou que a dificuldade de encontrar o trabalhador qualificado ou o alto custo desta mão de obra está entre os três principais empecilhos para o crescimento da indústria.

Presidente da Firjan, Antonio Carlos Vilela afirma não haver um ambiente de negócios favorável na economia brasileira que permita tal discussão no momento. “No cenário atual, a redução da jornada é um risco ao crescimento do nosso país.”

Argumentos  a favor

No texto de justificativa da PEC, a deputada do PSol argumenta que o fim da escala 6×1 é um anseio da sociedade brasileira. Ela acrescenta que os trabalhadores precisam de tempo livre e que a legislação é o meio adequado para a mudança, pois no mercado de trabalho não há equilíbrio na relação entre patrão e empregado.

“Na história brasileira das relações de trabalho, os conflitos e tensões em torno da jornada reduzida sempre foram alvo preferencial dos empregadores e empregados”, pontua Erika.

A discussão ganhou tração nas redes sociais com expressivo volume de postagens defendendo a medida. Após a pressão popular no ambiente digital, o texto atingiu o número mínimo para transformar-se oficialmente em uma PEC.

Embora tenha conseguido as rubricas essenciais, Hilton ainda não protocolou o texto, portanto, ele ainda não possui um número de tramitação. Isso permite que mais parlamentares possam subscrever a proposta.

Uma proposta com o mesmo princípio da de Érika Hilton já tramita na Câmara dos Deputados, sob a sigla PEC 221/19. Ela é de autoria do Deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?