Fiocruz: positividade de testes de Covid saltou de 3% para 37%
Quantidade de testes analisados pela instituição também teve aumento de 195% na última semana epidemiológica analisada
atualizado
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A positividade de testes RT-PCR realizados na rede pública de saúde saltou de 3%, em dezembro de 2021, para 37% em janeiro de 2022. O número foi consolidado pelo Escritório de Testagem da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com sistemas de dados da própria instituição e do Ministério da Saúde.
As centrais da instituição processam cerca de 35% dos exames tipo RT-PCR realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na rede pública nacional.
O número de testes analisados também aumentou em 195% na última semana epidemiológica (de 16 a 22 de janeiro). Foram 121.275 amostras analisadas, contra 22 mil no fim de dezembro.
“Em menos de um mês, passamos de uma média semanal de 25 mil testes liberados com menos de 5% de positividade (dezembro/2021) para um patamar de processamento que cresce a cada semana e já supera 100 mil amostras por semana e 30% de positividade [janeiro/2022]”, explica a coordenadora do Escritório de Testagem da Fiocruz, Maria Clara Lippi.
Ômicron e festas
O aumento na positividade dos exames foi detectado em todas as centrais da instituição. As Unidades de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19 (Unadig) são baseadas no Rio de Janeiro, Ceará e Paraná.
De acordo com a equipe da Fiocruz, o avanço da Ômicron no país e as confraternizações de fim de ano foram fatores determinantes para a explosão de casos.
O teste do modelo RT-PCR é considerado padrão ouro e fornece maior precisão para o diagnóstico até mesmo de pessoas assintomáticas. O exame é capaz de captar cargas virais mais baixas. Já os testes rápidos, conhecidos como de antígeno, abrem maior brecha para os falsos negativos.