Fiocruz: número de casos e mortes por Covid tem maior queda de 2021
Segundo a Fiocruz, são 12 semanas consecutivas de redução no número de mortes, com queda de 3,8% ao dia em 6 e 11 de setembro
atualizado
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O boletim epidemiológico divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta sexta-feira (17/9) aponta que o número de casos e óbitos por Covid-19 teve a maior queda durante todo o ano de 2021.
De acordo com o laboratório, são 12 semanas consecutivas de redução no número de mortes, com queda de 3,8% ao dia em 6 e 11 de setembro. Além disso, apesar de ter oscilado, o número total de casos também apresenta tendência de redução.
Foi registrada uma média de 15,9 mil casos e 460 mortes diárias na última semana. A Fiocruz ressalta que, mesmo com a redução, o nível ainda é considerado alto e gera “preocupação diante da manutenção da positividade de testes”.
O boletim também sinaliza melhora na taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes adultos de Covid-19. O Distrito Federal e 24 estados encontram-se fora da zona de alerta do indicador, com taxas menores que 60%.
Apenas uma capital está com índices maiores que 80%: o Rio de Janeiro, que tem 82% dos leitos ocupados. Além disso, outras duas capitais encontram-se na zona intermediária de alerta: Boa Vista (76%) e Curitiba (64%).
“Este é, sem dúvida, o melhor cenário observado desde que se iniciou o monitoramento do indicador. A retirada de leitos de UTI destinados à Covid-19 tem ocorrido no decorrer das últimas semanas em diversas unidades da Federação de forma cuidadosa, sem prejuízo da manutenção das taxas de ocupação em patamar confortável”, consta no boletim.
Ocupação de leitos de UTI nas capitais brasileiras:
- Rio de Janeiro (82%);
- Boa Vista (76%);
- Curitiba (64%);
- Porto Velho (38%);
- Rio Branco (8%);
- Manaus (29%);
- Belém (20%);
- Macapá (14%);
- Palmas (16%),
- São Luís (29%);
- Teresina (43%);
- Fortaleza (50%);
- Natal (29%);
- João Pessoa (19%);
- Recife (48%);
- Maceió (38%);
- Aracaju (26%);
- Salvador (25%);
- Belo Horizonte (56%);
- Vitória (55%);
- São Paulo (39%);
- Florianópolis (27%);
- Porto Alegre (58%);
- Campo Grande (31%);
- Cuiabá (37%);
- Goiânia (59%);
- Brasília (55%).
Média móvel
Apesar dos resultados positivos de queda no número de casos e óbitos, pesquisadores da Fiocruz apontam estado de alerta em relação às médias móveis das últimas semanas.
O estudo mostra que os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Goiás e o Distrito Federal mantêm taxas acima de casos por 100 mil habitantes. A Fiocruz aponta que o número é considerado “muito alto”.
O boletim também chama atenção para o aumento de casos e internações de idosos de 60 anos ou mais. “Após o início da vacinação entre adultos jovens, esta é a primeira vez em que a mediana dos três indicadores – internações gerais, internações em UTI e óbitos – estão novamente acima dos 60 anos. Isto significa que mais da metade de casos graves e fatais ocorrem entre idosos. No total, 54,4% das internações e 74,2% dos óbitos ocorrem entre idosos”, aponta o laboratório.