Fiocruz lança plano de combate à pandemia nas favelas do Rio
Entidades e ONGs, com atuações em comunidades, poderão ter financiamentos de até R$ 500 mil para executar ações de combate à Covid-19
atualizado
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Rio de Janeiro – Entidades e organizações não governamentais com atuações comprovadas em favelas poderão ter financiamentos de até R$ 500 mil para executar ações de combate ao avanço da Covid-19 nas comunidades do estado do Rio de Janeiro.
É o que define o plano de trabalho lançado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), nesta quarta-feira (24/3). A iniciativa conta com o aporte financeiro de R$ 20 milhões doados pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), no ano passado.
O presidente da Alerj, o deputado André Ceciliano (PT), disse que os deputados se mantêm dispostos a ajudar. “Nada é mais urgente do que combater essa pandemia, os números são alarmantes. Temos recursos para contribuir. Este ano pretendemos economizar R$ 500 milhões e, se precisar, vamos ajudar com essa receita em outras frentes. Não tenho dúvidas que esse projeto será um sucesso”, disse.
Para a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, a iniciativa será um marco no estado do Rio. “Além das desigualdades já existentes, a pandemia tem produzido novas disparidades sociais. E essa medida emergencial virá em boa hora. As famílias estão morrendo e queremos ser um facilitador no combate ao vírus e no suporte à população que mais precisa durante esse processo”.
Os recursos serão utilizados para financiar programas que tenham o objetivo de ampliar a participação social na vigilância em saúde nas favelas fluminenses.
Segundo a fundação, que está organizando a distribuição das receitas, o regulamento e a ficha de inscrição estão disponíveis até o dia 29 de abril no site da Fiocruz. O resultado final dos contemplados será divulgado no dia 7 de junho.