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Fiocruz: funcionário na linha de produção de vacinas morre de Covid-19

Diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma diz que fundação registrou três afastamentos de colaboradores pela doença

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Tomaz Silva/Agência Brasil
Diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, durante evento sobre vacina Oxford/ AstraZeneca
1 de 1 Diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, durante evento sobre vacina Oxford/ AstraZeneca - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O diretor de Bio-Manguinhos, Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Maurício Zuma (foto em destaque), afirmou que a instituição já perdeu para a Covid-19 um funcionário que trabalhava na linha de produção de vacinas e afastou outros quatro. A declaração ocorreu durante sessão remota no Senado Federal realizada nesta terça-feira (23/3).

Dos funcionários afastados do trabalho na Fiocruz, três eram responsáveis pelo envasamento do imunizante produzido pela fundação em parceria com a Universidade de Oxford.

“Estamos sofrendo perdas: essa semana tivemos o falecimento de uma das pessoas na linha de produção. Hoje [terça-feira] tivemos o afastamento de três funcionários que trabalham em uma das linhas de envasamento, colocando em risco a produção das vacinas. Estamos tomando medidas rápidas, mas é muito preocupante”, disse.

O diretor reforçou o empenho dos trabalhadores em tornar o cronograma de entregas de vacina possível. “Queria dizer que nosso pessoal está trabalhando com uma dedicação integral, de domingo a domingo, 24 horas por dia”.

Segundo o representante, a Fiocruz trabalha para acelerar a produção ao máximo. “Estamos integralmente focados na tentativa de acelerar ao máximo possível o cronograma que a gente está apresentando. Esperamos que a gente consiga em algum momento. Esse cronograma é o que hoje a gente enxerga como o mais viável de ser cumprido”.

Expectativa

Conforme as estimativas da fundação, o Brasil deve receber, ao todo, 100,4 milhões de doses do imunizante ainda no primeiro semestre. Há, ainda, expectativa pela entrega de outras 110 milhões de doses no segundo semestre.

“Mas isso depende do nosso sucesso na transferência de tecnologia e na aquisição de mais ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado, como uma segunda opção, no caso da gente não conseguir produzir todas as doses que gostaria”, ponderou Zuma.

Ele reforçou a complexidade do processo de produção das vacinas. “A gente está trabalhando com várias opções de fornecimento. A complexidade da produção de vacinas as vezes nos impõe essas dificuldades. Estamos trabalhando em cima do fio da navalha. Não é difícil ter problema na produção”, completou.

Mais cedo, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, afirmou que cronograma da fundação prevê a entrega de 18,8 milhões de doses em abril; 21,5 milhões em maio; 34,2 milhões, em junho; e outras 21,9 milhões de unidades em julho.

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Fundação foi uma das principais produtoras de vacinas da Covid no Brasil
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Fiocruz Minas participa de estudo para vacina contra Covid-19

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Fundação foi uma das principais produtoras de vacinas da Covid no Brasil

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