Fiocruz: casos e mortes por Covid têm queda, mas pandemia não acabou
Segundo a organização, houve queda de 36% nos indicadores da intensidade de transmissão da Covid no país, em comparação a duas semanas
atualizado
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Dados coletados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entre os dias 10 e 23 de abril apontam manutenção de queda de casos, internações e óbitos por Covid-19 no Brasil. As informações constam no novo Boletim do Observatório Covid, divulgado nesta sexta-feira (29/4).
Segundo a organização, houve queda de 36% nos indicadores da intensidade de transmissão da Covid no país, em comparação às duas semanas anteriores, entre 27 de março e 9 de abril.
A publicação desta sexta aponta média de 14 mil casos registrados diariamente. O número de óbitos ficou em cerca de 100 mortes por dia, valor próximo aos do início da primeira onda da Covid, em abril de 2020.
Além disso, segundo a Fiocruz, houve queda de 43% no índice de mortalidade pela doença em relação às duas semanas anteriores.
Não houve tendência significativa de alta nos casos em nenhum estado brasileiro. Além disso, somente duas unidades federativas apresentaram tendência de alta na mortalidade: Amazonas e Paraíba.
O boletim também aponta que houve redução na positividade de testes de Covid — mesmo com dificuldade de acesso aos exames em alguns municípios.
“Ao longo de 2021 esse valor vinha caindo, de 30% para cerca de 7%. Houve um aumento acentuado na positividade de testes nas primeiras semanas de 2022, durante a terceira onda epidêmica, com predominância da variante Ômicron, chegando a alcançar valores próximos a 50%, e nas duas últimas semanas epidemiológicas estabilizaram em torno de 7%”, consta no documento.
Vacinação
No boletim, a Fiocruz aponta que a redução dos indicadores somente foi possível devido ao avanço da campanha de imunização contra a Covid.
“A ampliação da vacinação, atingindo regiões com baixa cobertura, e doses de reforço em populações mais vulneráveis, podem reduzir ainda mais os impactos da pandemia sobre a mortalidade e as internações”, aponta a Fundação.
Catorze unidades federativas têm mais de 80% da população vacinada com a primeira dose, e 17 têm mais de 70% dos habitantes imunizados com as duas aplicações.
São Paulo imunizou 85,9% da população com duas doses e 55% com reforço, liderando o ranking de imunização completa. Por outro lado, estados como Amapá e Roraima têm menos de 65% para a primeira dose, 50% para a segunda e 12% para a terceira.
Pandemia não acabou
Nesta edição do boletim, a Fiocruz listou uma série de recomendações para a transição para que os gestores coordenem as próximas fases da pandemia.
A instituição ressaltou que, mesmo com o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) imposta pelo governo federal, a crise ainda não acabou.
Entre as ações, estão medidas de vigilância em saúde, atenção e prevenção, coordenação, informação e comunicação, e atividades de fortalecimento do Sistema Único de Saúde.
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