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Fiocruz alerta para possível alta de mortes com avanço da Ômicron

Propagação da cepa em locais com baixa cobertura vacinal e poucos recursos de socorro em saúde têm preocupado pesquisadores 

atualizado

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1 de 1 emergencia uti covid - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertam que o Brasil pode viver aumento de mortes em decorrência da Covid-19, doença causada pelo coronavírus, pelo que chamaram de “espalhamento” da Ômicron em locais com baixa cobertura vacinal e com poucos recursos de socorro em saúde.

Para os especialistas da Fiocruz, a combinação pode degringolar os atendimentos em hospitais e dificultar a assistência aos doentes. Já é sabido que a Ômicron é uma cepa mais contagiosa e a que mais tem causado adoecimentos.

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No início de fevereiro deste ano, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou pela primeira vez a presença da subvariante BA.2 da Ômicron no Brasil
Estudos realizados em outros países indicam que o subtipo BA.2 é até 33% mais transmissível do que a versão original da variante Ômicron (BA.1) e tem maior capacidade de infectar pessoas já vacinadas
Apesar de só ter sido identificado agora no país, o subtipo já é dominante na Dinamarca e vem crescendo em outros países, como o Reino Unido
A doença repete uma característica que a Ômicron já apresentava: tendência a ter um quadro muito mais nas vias aéreas superiores do que nas vias aéreas inferiores, o que torna a infecção mais branda
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a subvariante é mais difícil de ser identificada em testes de sequenciamento genômico. Segundo a OMS, que realiza o monitoramento constante da evolução do SARS-CoV-2, até o momento não foi possível estabelecer como e onde as subvariantes da Ômicron se originaram e evoluíram
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No início de fevereiro deste ano, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificou pela primeira vez a presença da subvariante BA.2 da Ômicron no Brasil

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Estudos realizados em outros países indicam que o subtipo BA.2 é até 33% mais transmissível do que a versão original da variante Ômicron (BA.1) e tem maior capacidade de infectar pessoas já vacinadas

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Apesar de só ter sido identificado agora no país, o subtipo já é dominante na Dinamarca e vem crescendo em outros países, como o Reino Unido

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A doença repete uma característica que a Ômicron já apresentava: tendência a ter um quadro muito mais nas vias aéreas superiores do que nas vias aéreas inferiores, o que torna a infecção mais branda

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a subvariante é mais difícil de ser identificada em testes de sequenciamento genômico. Segundo a OMS, que realiza o monitoramento constante da evolução do SARS-CoV-2, até o momento não foi possível estabelecer como e onde as subvariantes da Ômicron se originaram e evoluíram

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Pesquisa aponta que a BA.2 infecta mais as pessoas imunizadas com o esquema primário de vacinação e pacientes que tomaram a dose de reforço, em comparação com a BA.1

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Vacina contra Covid-19 astrazeneca

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De acordo com o governo da Dinamarca, o subtipo BA.2 da variante Ômicron é 1,5 vezes mais transmissível que a forma original da cepa

Agência Brasil

“Ratificamos a preocupação com o espalhamento da variante Ômicron em áreas de baixa cobertura vacinal no país e com recursos assistenciais complexos precários. São condições que podem propiciar a elevação do número de óbitos por Covid-19, mesmo considerando a menor agressividade da variante agora dominante”, explica a Fiocruz, em comunicado.

O texto faz um alerta. “Como temos sublinhado, a elevadíssima transmissibilidade da variante Ômicron pode incorrer em demanda expressiva de internações em leitos de UTI, ainda que a probabilidade de ocorrência de casos graves seja mais baixa”, frisa.

Clique aqui e leia a íntegra do comunicado. 

O aviso ocorre em um momento em que nove estados estão com ocupação de UTIs em situação crítica. A unidade federativa com taxas mais preocupantes é o Distrito Federal, seguido de Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Norte.

“Precisamos avançar na vacinação e banir estratégias que vêm sendo empregadas para dificultá-la, especialmente na população de crianças de 5 a 11 anos”, defende a Fiocruz.

Para a entidade, a exigência do passaporte vacinal é uma política de estímulo à imunização. É também fundamental controlar a disseminação da Covid-19, sendo central a realização de campanhas de distribuição e o endurecimento da obrigatoriedade de uso de máscaras adequadas em locais públicos.

Desde o início da pandemia, 27,1 milhões de pessoas receberam o diagnóstico de Covid-19 no Brasil, sendo que 636 mil morreram em decorrência da doença. Cerca de 152 milhões de brasileiros estão totalmente vacinados (esquema com duas doses ou dose única).

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