Fiocruz alerta: 18 estados e DF têm nível crítico na ocupação de UTIs
Somente nessa última semana, seis estados passaram a apresentar situação crítica na ocupação desses leitos, devido à pandemia de Covid-19
atualizado
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Boletim publicado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nessa terça-feira (3/3), de forma extraordinária, revela que 18 estados, além do Distrito Federal, estão com a ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados a pacientes com Covid-19 acima de 80%.
Em comparação com o último boletim, publicado há uma semana – em 22 de fevereiro – pelo Observatório Covid-19, da Fiocruz, seis estados passaram a fazer parte dessa faixa crítica da ocupação de leitos. São eles: Pará, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhã e Piauí.
Além disso, 20 capitais (veja a lista abaixo) apresentam taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos de 80% ou mais; outas cinco têm taxas maiores que 70%.
No último boletim, 17 capitais estavam em nível crítico. O levantamento anterior, no entanto, não considerava os dados de Brasília, que já estava, na ocasião, com poucas vagas de UTI disponíveis.
São elas:
- Porto Velho (100%)
- Florianópolis (98%)
- Goiânia (95%)
- Curitiba (95%)
- Teresina (94%)
- Natal (94%)
- Campo Grande (93%)
- Rio Branco (93%)
- Manaus (92%)
- Fortaleza (92%)
- Brasília (91%)
- São Luís (91%)
- Rio de Janeiro (88%)
- João Pessoa (87%)
- Palmas (85%)
- Cuiabá (85%)
- Belém (84%)
- Salvador (83%)
- Boa Vista (82%)
- Porto Alegre (80%)
Pela primeira vez desde o início da pandemia, segundo a Fiocruz, verifica-se em todo o país o agravamento simultâneo de diversos indicadores.
“A questão de sobrecarga nos sistemas de saúde é uma preocupação desde o início da pandemia e agora principalmente deve-se olhar para estes indicadores como um alerta real. Os dados são muito preocupantes, mas cabe sublinhar que são somente a ‘ponta do iceberg'”, avalia a Fiocruz.
“Por trás deles estão dificuldades de resposta de outros níveis do sistema de saúde à pandemia, mortes de pacientes por falta de acesso a cuidados de alta complexidade requeridos, a redução de atendimentos hospitalares por outras demandas, possível perda de qualidade na assistência e uma carga imensa sobre os profissionais de saúde”, prossegue.
Leia a íntegra do boletim:
Boletim Extraordinario 2021 Marco 03 by Tácio Lorran on Scribd