Fiocruz: 17 capitais têm nível crítico na ocupação de UTIs para Covid
Além disso, 12 estados e o DF estão com mais de 80% de lotação nas unidades de tratamento intensivo para a doença
atualizado
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Boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicado nesta sexta-feira (26/2), revela que 17 capitais do país estão com os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados a pacientes com Covid-19 com ocupação maior que 80%, o que indica nível crítico.
“As taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS, observadas em 22 de fevereiro, mostram uma clara piora do quadro geral do país referente às taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos – o que configura-se no pior cenário já observado no país”, ressalta o observatório.
Veja quais são as capitais e as respectivas taxas de ocupação:
- Porto Velho (100,0%)
- Florianópolis (96,2%)
- Manaus (94,6%)
- Fortaleza (94,4%)
- Goiânia (94,4%)
- Teresina (93,0%)
- Curitiba (90,0%)
- Natal (89,0%)
- Rio Branco (88,7%)
- São Luís (88,1%)
- Campo Grande (85,5%)
- Rio de Janeiro (85,0%),
- Porto Alegre (84,0%)
- Salvador (82,5%)
- Boa Vista (82,2%)
- Palmas (80,2%)
- Recife (80,0%)
Além disso, 12 estados e o Distrito Federal estão nessa mesma zona de alerta crítica em relação a leitos de UTI para Covid-19; 13 estados, na zona de alerta intermediária (entre 60% e 80% de ocupação) e somente um estado – Mato Grosso –, fora na zona de alerta baixo, com 52% de ocupação.
“Segundo a análise, a Região Norte se mantém em situação muito preocupante, com Rondônia (97,1%), Acre (88,7%), Amazonas (94,6%) e Roraima (82,2%) na zona de alerta crítica e Pará (76,0%), Amapá(62,3%) e Tocantins (74,1%) na zona de alerta intermediária”, diz o texto.
Os pesquisadores destacam, ainda, que o contexto atual, de mais de 1 mil mortes diárias causadas da doença, combina desafios já conhecidos, assim como novos.
“Entre os já conhecidos, destacamos os relativos ao sistema de saúde e profissionais sobrecarregados. Entre os novos desafios, estão a chegada das vacinas e o lento processo de imunização que vem se desenhando, combinado com o surgimento das novas variantes do vírus”, ressalta a Fiocruz.
“A gravidade deste cenário não pode ser naturalizada e nem tratada como um novo normal. Mais do que nunca urge combinar medidas amplas e envolvendo todos os setores da sociedade e integradas nos diferentes níveis de governo”, prossegue.
Leia a íntegra do boletim:
boletim_covid_2021-semanas_05-07 by Tácio Lorran on Scribd