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O TSE continua, nesta terça-feira (27/6), o julgamento que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível pelos próximos 8 anos
O ex-mandatário é investigado pelos ataques que fez ao sistema eleitoral brasileiro durante reunião com embaixadores, em julho de 2022, no Palácio da Alvorada
Na ocasião, Bolsonaro teria desacreditado as urnas eletrônicas e realizado ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF)
“O sistema é completamente vulnerável, segundo o próprio TSE, e obviamente a conclusão da Polícia Federal”, disse Bolsonaro, sem apresentar provas
Bolsonaro disse aos embaixadores que um inquérito da PF sobre um ataque hacker ao sistema do TSE mostrou irregularidades nas eleições de 2018
A PF, no entanto, apontou que poderia haver mudanças de dados de partidos e candidatos somente em um caso isolado, das eleições de Aperibé (RJ) em 2018
“Atentar contra as eleições e a democracia, quem faz isso é o próprio TSE ao tentar esconder o inquérito de 2018”, afirmou Bolsonaro na reunião
A lista oficial de embaixadores presentes na reunião não foi divulgada pelo Planalto nem pelo Itamaraty. Contudo, houve baixa participação dos parceiros comerciais do Brasil mais expressivos.
A primeira sessão do julgamento durou 3h30 e teve as sustentações orais da acusação e da defesa e o início da leitura do relatório do ministro Benedito Gonçalves, responsável pelo caso. Nesta terça, ele continua a detalhar como foram as investigações
O PDT, que ajuizou a ação, acusa Bolsonaro de “claro desvio de finalidade para desmoralizar instituições e de forma internacional”
Já a defesa diz que se tratou apenas de uma “reunião franciscana” antes da campanha eleitoral começar
Além desta terça, o julgamento terá mais uma sessão, na quinta-feira (29/6). Cinco dos sete ministros que votam foram nomeados por Lula
Bolsonaro pode ser condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A pena é a suspensão dos direitos políticos por oito anos, a chamada inelegibilidade