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Quem é Filipe Martins, que teria levado minuta golpista a Bolsonaro

De acordo com a delação de Mauro Cid, Filipe Martins quem teria entregue a minuta do golpe ao ex-presidente Jair Bolsonaro

atualizado

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Filipe Martins
1 de 1 Filipe Martins - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O tenente-coronel Mauro César Cid disse, em delação premiada, que o então assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, mostrou uma minuta de decreto golpista ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) no fim do ano passado, após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  Martins era um assessor especial do governo Bolsonaro, muito atrelado a figura do “guru” Olavo de Carvalho, que morreu no ano passado.

Ele foi acusado de fazer símbolos supremacistas, tendo repetido o sinal de supremacia branca (“white power”) em 2021, durante uma sessão do Senado Federal. Na ocasião, Martins foi denunciado ao Ministério Público Federal (MPF), mas acabou absolvido pelo juiz da 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, Marcus Vinicius Reis Bastos.

Supramacia branca é um termo comumente utilizado para explicar a forma de racismo que foca na crença de que pessoas brancas (brancos latinos não estão inclusos) são superiores as demais origens espalhadas em todo o mundo e que, “por serem superiores”, seriam mais aptos a governar os demais povos. São exemplos de supremacia branca o nazismo, na Alemanha, e a Ku Klux Klan (KKK), nos Estados Unidos.

De acordo com o perfil de trabalho dele nas redes sociais, Martins é graduado desde 2015 em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UNB). Também há informações de que ele fala seis idiomas: africano, espanhol, francês, inglês, português brasileiro, e latim. No LinkedIn, ele se descreve como “professor de Política Internacional, analista político, e Assessor Especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais”.

No perfil, ele preenche ainda os cargos de assessor econômico na Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA), de 2014 a 2016, onde, entre outras funções, realizava a “elaboração de pesquisas, estudos e relatórios sobre a conjuntura política e econômica do Brasil, com ênfase na relação bilateral com os EUA”. Questionada, a embaixada não confirmou.

Outros cargos de Filipe Martins

Ele ocupou ainda o cargo de Coordenador-Adjunto do Grupo de Trabalho de Relações Exteriores do Governo de Transição, entre 2018 e 2019, e sido Secretário de Assuntos Internacionais no Partido Social Liberal (PSL) por dois anos, de 2018 a 2020. Martins também é retratado, no LinkedIn, como professor de Política Internacional e Segurança na Estratégia Concursos.

Martins parou de publicar em suas redes sociais após a vitória de Lula nas eleições do ano passado.

O colunista Paulo Cappelli, do Metrópolesjá tinha adiantado que o representante da ala ideológica, Martins, do Bolsonaro entraria na delação do Cid.

 

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