Filipe Barros vai reafirmar apoio a Jordy na abertura do Legislativo
Barros deve usar a tribuna da Câmara para reafirmar que abriu mão da liderança da oposição em 2024. Jordy, atual líder, será reconduzido
atualizado
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O deputado federal Filipe Barros (PL-PR) usará a abertura do ano legislativo, em 5 de fevereiro, para prestar apoio a Carlos Jordy (PL-RJ), alvo de investigações na Operação Lesa Pátria.
Barros deve usar a tribuna da Câmara dos Deputados para reafirmar que abriu mão da liderança da oposição em 2024 para que Jordy, atual líder, seja reconduzido ao posto.
Barros afirmou, em publicação nas redes sociais nesta quarta-feira (24/1), que houve acordo para que ele abrisse mão da liderança. “Eu mesmo sugeri que devemos prosseguir com Carlos Jordy na oposição da Câmara. A recondução foi prontamente acolhida por todos nós”, escreveu. Segundo o acordo, Barros deve assumir a liderança no segundo semestre.
Jordy foi alvo de busca e apreensão, na última semana, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Agentes da Polícia Federal estiveram na casa do parlamentar no Rio de Janeiro e no gabinete do deputado em Brasília. Para a oposição, a ação demonstra “exageros” do STF sobre as prerrogativas do Legislativo.
Os parlamentares devem usar o assunto como tema principal da agenda da oposição em 2024. Eles buscam apoio de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, para impulsionar a pauta. O tema foi discutido em reunião com deputados e senadores da oposição ao longo desta quarta na sede do PL.
Entenda a investigação contra Jordy
Carlos Jordy é investigado por incitar os atos golpistas como os do 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF), foram invadidas e depredadas. Na última semana, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão no gabinete do parlamentar, localizado no Anexo III da Câmara dos Deputados, além de ter recolhido o celular dele em casa, no Rio.
De acordo com as apurações da PF, Jordy teria passado mensagens com orientações sobre atos golpistas para bolsonaristas do estado. A corporação acredita que as mensagens podem ter servido como “atos preparatórios” para as manifestações antidemocráticas do ano passado.
Operação Lesa Pátria
As investigações ocorrem no âmbito da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, que tem objetivo de identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram os atos antidemocráticos entre outubro de 2022 e janeiro de 2023.
Na última quinta, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
