Filhos únicos: as histórias das crianças mortas em ataque a creche
Fã do Homem-Aranha, apaixonado por dança, apegada aos pais, eram as características dos pequenos que foram mortos em ataque em Blumenau
atualizado
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As quatro crianças com idades entre 4 e 7 anos, mortas em um ataque na creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), eram filhos únicos. Em relatos emocionantes, familiares contam que todas são lembradas com pesar por suas breves histórias e características peculiares.
Na manhã da última quarta-feira (5/4), foram assassinados Bernardo Cunha Machado, de 5 anos; Bernardo Pabst da Cunha, de 4 anos; Larissa Maia Toldo, de 7 anos; e Enzo Marchesin, de 4 anos.
Veja um resumo da história de cada um:
Bernardo Pabst da Cunha, 4 anos
Fã do Homem-Aranha, foi enterrado com um uniforme do super-herói. Já tinha um time do coração, era vascaíno como o pai.
O nascimento de Bernardo Pabst foi muito comemorado. Os pais queriam muito ter um filho, mas a mãe não conseguia engravidar.
Ela só conseguiu ter Bernardo após muitos anos de tratamento.
Enzo Marchesin, 4 anos
Gostava de dançar e era filho adotivo de duas mães desde dezembro de 2021.
A mãe Carina Marchesini escreveu um texto emocionante nas redes sociais, lembrando que o filho a ajudou a enfrentar um câncer.
“Tivemos nossos desafios como família, mas hoje estávamos completos, você tinha entendido que veio para ficar e que aqui é sua casa e que nunca mais sairia dela. Temos mais batalhas para enfrentar bebê e eu sei que daí de cima você vai estar ajudando em todas batalhas e a confortar nossos corações. Dando muita força, porque, de verdade, eu não sei viver sem você”, escreveu Carina nas redes sociais.
Larissa Maia Toldo, 7 anos
Havia se mudado recentemente para Santa Catarina, depois de morar uma temporada no Pará com a família paterna.
Era reconhecida pela sua alegria e por seu muito apegada aos pais.
Normalmente, Larissa ficava de manhã em uma escola e só ia para a creche à tarde. No entanto, na quarta-feira, houve uma mudança na rotina e ela não teve aula.
Por isso, a garota de 7 anos foi levada para a creche ainda de manhã, horário em que ocorreu o atentado.
Bernardo Cunha Machado, 5 anos
O pai relatou em entrevista que o filho chegou na creche na quarta-feira imitando um coelhinho.
Às vezes, Bernardo Cunha acompanhava o pai militar em atividades na corporação.
Os colegas de trabalho do pai reconheciam o filho como alguém extrovertido que era motivo de diversão.