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Filhos de Flordelis suspeitos de matar pastor devem ir para presídio

Flávio dos Santos e Lucas dos Santos podem ser transferidos para o Presídio Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro

atualizado

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1 de 1 flordelis - Foto: redes sociais/ reprodução

Os dois filhos da deputada Flordelis (PSD-RJ) suspeitos de matar o pastor Anderson do Carmo devem ser transferidos ainda nesta terça-feira (25/06/2019) para uma unidade prisional. Flávio dos Santos, de 38 anos, que teria confessado ter disparado seis vezes contra o padrasto, e Lucas dos Santos, de 18, que teria comprado a arma utilizada no crime, estão presos desde a segunda-feira retrasada (17/06/2019) na carceragem da Delegacia de Homicídios (DH) de Niterói e São Gonçalo.

Ambos devem seguir para o Presídio Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio, onde funciona a triagem de presos. De lá, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) deverá definir uma outra unidade para abrigá-los. Os advogados de Flávio e Lucas afirmaram que eles estão sem condições mínimas de higiene e alimentação nas dependências da DH.

“Ficou acertado que os dois serão transferidos porque estão em condições insalubres”, afirmou Anderson Rollemberg, defensor de Flávio.

Os advogados questionaram também as condições dos depoimentos prestados por seus clientes na DH. Rollemberg disse na última segunda-feira (24/06/2019) que Flávio não confessou o crime – diferentemente do que a polícia e o Ministério Público tinham informado. E ainda que, se houver alguma confissão, ela teria sido colhida irregularmente, sem a presença de um advogado. O representante legal de Lucas seguiu o mesmo discurso.

“Em todos os depoimentos colhidos em sede policial não foi dada ao Lucas a garantia constitucional de ser assistido por um advogado”, destacou o defensor Flávio Crelier. “Ao mesmo tempo, ele sequer foi advertido do direito de permanecer em silêncio.”

Na segunda-feira, a deputada Flordelis passou praticamente 10 horas prestando depoimento sobre a morte do marido na DH de Niterói. Ela não conversou com a imprensa, nem na entrada e nem na saída. Mas marcou para a tarde desta terça-feira uma entrevista coletiva.

Outras 24 pessoas que moravam, trabalhavam ou frequentavam a casa também prestaram depoimento na segunda. De acordo com a polícia, algumas dessas pessoas podem voltar a ser ouvidas ainda nesta terça-feira. Conforme afirmação das autoridades, todos as pessoas que estavam na casa na hora do crime estão sendo investigadas, inclusive a parlamentar. Os investigadores querem agora estabelecer quantas pessoas participaram do assassinato e a motivação do crime.

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