Filho de John Lennon ironiza: “Lembra quando Bolsonaro era fascista?”
Tuíte de Sean Lennon no X serviu de combustível na polêmica entre Elon Musk e o ministro Alexandre de Moraes
atualizado
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O filho de John Lennon com Yoko Ono, Sean Ono Lennon, entrou na polêmica entre o dono do X, Elon Musk, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. “Lembra quando Bolsonaro era fascista? Sim, eu também…”, escreveu em uma postagem.
O comentário, embora não faça menção direta ao imbróglio, causou alvoroço nas redes sociais e foi interpretado como um apoio às declarações recentes do bilionário contra decisões da Corte brasileira.
“Adivinha? Ele [Bolsonaro] não era [fascista]”, afirmou o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). “O fascista que respeita a liberdade e nunca impõe a sua própria vontade”, ironizou a deputada federal Bia Kicis (PL-DF).
Desde o último sábado (6/4), o empresário Elon Musk tem feito publicações contrárias às decisões do ministro Alexandre de Moraes. Em tom de crítica, o bilionário questionou o porquê de “tanta censura no Brasil”.
Em outra postagem, Musk desafiou Moraes e escreveu que a rede social está “revertendo todas as restrições” aplicadas, mesmo que isso custe a operação do X no país. O empresário também afirmou que o ministro do STF deve “renunciar ou sofrer impeachment”.
Diante das afirmações, Moraes decidiu incluir Musk no Inquérito das Milícias Digitais. O ministro fixou multa diária de R$ 100 mil à plataforma e a cada perfil que descumprir as determinações da Suprema Corte ou do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Declarações de Musk
Nesta quarta (10/4), Musk disse que a empresa respeita as leis brasileiras. “[O] X respeita as leis do Brasil e de todos os países em que atuamos”, escreveu em um postagem. “Quando recebemos uma ordem para infringir a lei, devemos recusar”, completou.
A declaração de Musk respaldou publicação de um conta da equipe global de assuntos governamentais do X. “No centro desse debate, está nossa crença de que algumas das ordens judiciais que recebemos não estão de acordo com o Marco Civil da Internet ou com a Constituição Federal brasileira”, declarou.
A equipe afirmou que as “pessoas devem saber por que sua conta está bloqueada ou por que estão sendo investigadas, e devem ter direito ao devido processo para se defenderem em um tribunal público”. “O sigilo em torno desse processo está prejudicando a confiança nas instituições públicas”, frisou.
“Pedimos ao tribunal que levante as ordens de sigilo sem demora, que ouça nossos recursos e que os outros poderes da República façam todos os esforços, dentro de suas respectivas jurisdições, para exigir a transparência essencial em uma democracia próspera”, completou.