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Filha de Zé do Caixão expõe negligência de médicos da Prevent Senior

Liz Marins alega negligência médica durante tratamento de José Mojica Marins na rede. Operadora de saúde nega

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1 de 1 jose-mojica-marins-ze-do-caixao-Agliberto-Lima-AE - Foto: Agliberto Lima/AE

São Paulo – A cineasta Liz Marins, filha do diretor José Mojica Marins, o Zé do Caixão, denunciou dois médicos da empresa Prevent Senior por negligência no atendimento prestado ao pai antes de morrer, aos 83 anos, em fevereiro de 2020.

De acordo com Liz, Mojica, que tinha a saúde fragilizada, foi retirado da Unidade Semi-Intensiva antes do recomendado, já que um médico da empresa alegou à família uma estabilidade em seu quadro.

“Um tirou ele da semi-UTI quando ele estava estabilizado, grave, mas estabilizado, e mandou para o quarto. E um médico, vendo o meu pai com a saturação despencando no quarto, não deu atendimento imediato e ficou tentando nos convencer a deixá-lo morrer”, afirma Liz.

“Eu estava lá pedindo que o socorressem. José Mojica Marins estava morrendo em sofrimento. Tudo isto foi ignorado. O ‘médico’ não o socorria e só tentava nos convencer a deixá-lo morrer”, diz em uma postagem feita nesta segunda-feira (22/11) nas redes sociais.

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Zé do Caixão
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O personagem foi criado pelo cineasta José Mojica Marins
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À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1964). Primeira aparição de Zé do Caixão, icônico personagem do cinema brasileiro criado por José Mojica Marins. Em sua estreia, o coveiro tenta achar a mulher ideal para o seu futuro herdeiro

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Em nota ao Metrópoles, a Prevent Senior nega irregularidades no tratamento do cineasta e diz que “os prontuários do paciente demonstram que todos os investimentos possíveis foram realizados no tratamento do Sr. Mojica. Os detalhes dos prontuários não podem ser divulgados por razões legais, mas é possível afirmar que o paciente tinha uma série de comorbidades que agravaram seu quadro de saúde ao longo dos anos”. 

Saúde do cineasta

José Mojica Marins sofreu diversas internações desde 2014. O cineasta precisou realizar um cateterismo na época e, logo após, teve um infarto. Segundo a filha, o incidente teria sido fulminante se já não estivesse no hospital, aguardando na Semi UTI pela angioplastia, que aconteceria em dois dias.

Na sala de cirurgia, Mojica ainda teve duas paradas cardíacas, mas conseguiu ser reanimado. No entanto, por conta da quantidade de contraste necessário para o procedimento, os seus rins que já funcionavam com 50% da capacidade – que era o seu normal na época -, passaram a funcionar com 20%. Desta forma, foi preciso iniciar procedimentos de hemodiálise.

“Infelizmente, após a alta, José Mojica Marins, passou a ingerir alguns medicamentos que eram necessários para a manutenção de sua vida, mas, frequentemente, afetavam a parte cognitiva, motivo pelo qual passou a não poder dar entrevistas e realizou pouquíssimos eventos, gravações ou filmagens”, relata Liz nas redes sociais.

“Mojica começou também a frequentemente precisar de internações por motivos variados e graves e, como tinha o plano de saúde da Prevent Senior desde 2009, a partir do final de 2014, passou a utilizá-lo nestes infortúnios”, completa.

Prevent Senior

A atuação da operadora de saúde durante a pandemia da Covid-19 se tornou um escândalo investigado tanto no Congresso, quanto em outras instâncias.

O escândalo foi revelado no curso da CPI em Brasília, com denúncia de médicos sobre conduta antiética e anticientífica da operadora de saúde no tratamento de pacientes com Covid. À CPI, o diretor-executivo da empresa, Pedro Benedito Batista Junior, confirmou que os médicos eram orientados a mudar os prontuários dos pacientes e ocultar as mortes em decorrência da infecção causada pelo coronavírus.

Sobre ela foram feitas denúncias de alteração de prontuários médicos para disfarçar mortes por Covid-19, realização de pesquisa médica sem consentimento de pacientes e distribuição de medicamentos para tratamento precoce da doença, o ‘kit Covid‘ – que não possuem eficácia comprovada.

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