Filha diz que mãe morta após hidrolipo não tinha arritmia cardíaca
“Os exames estavam corretos”, afirma Brenda Rodrigues; Maria Jandimar morreu durante sessão de hidrolipo na zona norte do Rio
atualizado
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Rio de Janeiro – Filha da diarista Maria Jandimar Rodrigues, de 39 anos, Brenda Rodrigues nega que a mãe teria arritmia cardíaca. A diarista foi encontrada morta no estacionamento de uma clínica estética, na última sexta-feira (17/12), na zona norte do Rio,
A vítima realizou uma sessão de hidrolipo com o médico Brad Alberto Castrillón Sanmiguel no dia de sua morte. Em depoimento, na noite desta segunda-feira (20/12) o médico colombiano afirmou que, apesar dos exames não apontarem nenhuma incoerência, Maria Jandimar possuía arritmia e, que, durante o procedimento, sentiu palpitações.
“Doutor, estou sentindo palpitações. Eu esqueci de falar ao senhor que eu tenho uma arritmia cardíaca”, disse no depoimento ao reproduzir a suposta declaração da paciente pouco antes das convulsões.
Segundo Brenda, a mãe não tinha problemas de saúde “Minha mãe não tinha esses problemas, tanto que os exames estavam corretos, dito por ele [o médico]”. As informações são do jornal O Dia.
Por Whatsapp, Maria Jandimar entregou ao médico hemograma, função renal, coagulograma, ultrassom da parede abdominal e eletrocardiograma. Todos dentro dos padrões normais, segundo a filha.
De acordo com o delegado titular da 27ª DP (Vicente de Carvalho), o laudo inicial não apontou a causa da morte, e a polícia aguarda o resultado do laudo complementar, que será analisado junto com o exame toxicológico da vítima.
A delegacia investiga também as imagens internas e externas do prédio onde a mulher fez o procedimento estético. São analisadas filmagens do dia 10 de dezembro, quando Maria Jandimar fez o primeiro procedimento, até o dia de sua morte.
Depoimento
Viúvo Vagner Vinicius e filha de Maria Jandimar também participaram do depoimento na noite dessa segunda-feira.
“A filha dela estava aguardando ela descer, eles saíram por trás, não saíram pela frente. O médico descendo disse que não era médico, que era funcionário do prédio. Ele tentou fugir, tanto que quem segurou ele foi um segurança do shopping que não deixou ele sair, pegou os documentos dele, tirou foto e ficou com ele até a chegada da Polícia Militar. Ai quando os policiais chegaram o segurança já falou pra eles pegarem os documentos para ele não fugir. E ele ficava o tempo todo perguntando se os documentos ficariam com os PMs. Ele estava querendo salvar uma pessoa, mas desceu de mochila, mala de mão com tudo, os instrumentos, ele não deixou nada na sala. Como que ele ia socorrer alguém daquele jeito”, contou o viúvo, Vagner Vinicius.