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“Fica nítido que foi algum problema no motor”, diz diretor do aeroporto de Piracicaba

Marcelo Soffner acredita que pane causou queda de avião, que matou o empresário Celso Mello. Mas ressalta que só investigação pode apontar

atualizado

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Diretor do Aeroporto Pedro Morganti, Marcelo Kraide Soffner
1 de 1 Diretor do Aeroporto Pedro Morganti, Marcelo Kraide Soffner - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Piracicaba – No fim da tarde desta terça (14/9), o diretor do Aeroporto Pedro Morganti, Marcelo Kraide Soffner, ainda estava no local da queda do avião que resultou em sete mortes nos arredores do bairro Santa Rosa, em Piracicaba. Ele dava suporte à Defesa Civil e aos investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Marcelo relatou que aeronave deixou o local por volta das 8h30. “Teve algum problema, alguma pane, a aeronave fez a curva e veio para cá. A pane foi imediatamente depois da decolagem, deve ter dado uns segundos, porque a cabeceira [da pista de decolagem] é ali. Mas o que aconteceu será a investigação do Cenipa que vai dizer”, afirmou.

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Aeronave caiu em vegetação quinze segundos após decolar em Piracicaba (SP)
Após a queda nesta terça-feira (14/9), o avião pegou fogo na mata ao lado da Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatec)
Aeronave tinha como destino o estado do Pará
Diretor do Aeroporto de Piracicaba acredita que pane ocasionou o acidente
Investigação vai determinar o que aconteceu
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Queda de avião matou o empresário Celso Mello Silveira, a esposa, os três filhos do casal, o piloto e o copolito

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Aeronave caiu em vegetação quinze segundos após decolar em Piracicaba (SP)

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Após a queda nesta terça-feira (14/9), o avião pegou fogo na mata ao lado da Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatec)

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Aeronave tinha como destino o estado do Pará

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Diretor do Aeroporto de Piracicaba acredita que pane ocasionou o acidente

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Investigação vai determinar o que aconteceu

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Vídeo registrou queda do avião na mata

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Governador João Doria lamentou o ocorrido nas redes sociais

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O diretor explicou que os poucos destroços que sobraram devem ser guardados para análise. “Apesar que o pessoal do Cenipa, pelas filmagens, já tem uma noção boa do que aconteceu. Fica nítido que foi algum problema no motor. De 30 a 60 dias, eles emitem o laudo final”, disse.

Da decolagem até o momento da queda, o piloto ou copiloto não fizeram contato com a torre de controle do aeroporto de Piracicaba. O empresário Celso Silveira Mello Filho, que era acionista da companhia Cosan, sua esposa, Maria Luiza Meneghel, e os três filhos, Celso, Fernando e Camila, tiveram seus corpos carbonizados, junto ao piloto Celso Elias Carloni e o copiloto Giovani Gulo.

“A gente lamenta porque é uma aeronave nova, manutenção em dia. A família é tradicional de Piracicaba e tem poder aquisitivo, então jamais deixaria de fazer uma manutenção. Foi uma fatalidade”, afirmou. A documentação indica que a aeronave passou por revisão nesta segunda (13/9).

Investigação da Cenipa

O Cenipa informou que acionou investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV), órgão regional localizado em São Paulo, para o atendimento inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PS-CSM.

Na ação inicial, os investigadores identificam indícios, fotografam cenas, retiram partes da aeronave para análise, ouvem relatos de testemunhas e reúnem documentos. Segundo o Cenipa, não existe um tempo previsto para essa atividade terminar.

“O objetivo das investigações é prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram”, informou, em nota.

A região da queda

Apesar do avião ter caído em uma área de vegetação, no entorno costumam circular pessoas que possuem como destino empresas como a Raízen – que tinha entre seus acionistas o próprio Celso – e outras instituições localizadas no Parque Tecnológico de Piracicaba Engenheiro Agrônomo Emílio Bruno Germek, como a Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP).

“Só escutei o barulho, ele veio de uma vez e explodiu na hora. Mesma coisa que estar um vendo um filme de guerra, abate um avião e ele já cai. Foi fração de segundos. Só abaixei e corri para o outro lado da avenida”, contou Vandemilson Gobira de Souza, funcionário da área de manutenção da empresa Aguassanta.

Já Ercília Dantas, que mora na região, está acostumada a ouvir aviões, mas nesta terça (14/9) se assustou com a explosão. “Um barulho muito estranho que eu nunca escutei. Eu vi aquela fumaça preta de casa e já ouvi o resgate”.

Ela também contou que faz caminhadas no pedaço; “Eu sempre caminho mais ou menos nesse horário [do acidente], mas hoje não fui. Até falei para a minha tia que poderia ter acontecido coisa pior, poderia ter atingido a escola”, disse.

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