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Para quem acredita que a matemática entre uma mãe de santo e um pastor evangélico resultaria em divisão, dois personagens da cidade de Cabedelo (PB) contrariam essa suposição. A soma de respeito, busca por igualdade e dignidade faz a diferença. A celebração do Dia de Iemanjá, celebrado nesta quinta-feira (8/12), na Paraíba, é também um ato de resistência.
Cabedelo, no Litoral Norte do estado, ficou sem os festejos à Rainha do Mar entre 2008 e 2019. A intolerância religiosa tomou conta de um espaço que era reservado tão somente para que as pessoas pudessem expressar a gratidão em honra à santa, como em qualquer outra religião. Essa tradição, que tem origem africana, leva os fiéis a se vestir de branco, ir à praia e depositar oferendas como espelhos, jóias, comidas, perfumes e outros objetos.
Com medo dos ataques que sempre aconteciam, os “filhos” de Iemanjá passaram fazer as celebrações internamente, em seus terreiros. A movimentação – ou a falta dela – chamou a atenção do pastor evangélico Willams Silva, da Igreja Metropolitana de Cabedelo. Na comunidade de religião protestante, a inclusão e a comunhão entre todas as tribos são pregadas.
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