Festa de Iemanjá é reconhecida Patrimônio Histórico de Salvador
Pescadores levam oferendas para a “Mãe das Águas” desde a década de 1920 na capital baiana
atualizado
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A tradicional Festa de Iemanjá, celebrada no dia 2 de fevereiro, foi reconhecida como patrimônio cultural de Salvador. O reconhecimento por parte da Prefeitura de Salvador foi comemorado com um ato solene realizado neste sábado (01/02/2020), na Colônia de Pescadores do bairro do Rio Vermelho. Desde a década de 1920, pescadores da capital Baiana realizam o cortejo no meio do mar do Rio Vermelho, com várias embarcações, para a entrega dos presentes a Iemanjá.
A Fundação Gregório de Mattos (FGM), órgão que cuida da cultura da cidade desenvolverá plano de salvaguarda com os pescadores para dar apoio para que os saberes e fazeres ligados à manifestação sejam preservados e transmitidos. A entidade recebeu a solicitação do reconhecimento da festa pela OAB.
Quando começou, em 1923, a era chamada de “Presente da Mãe d’Água”. A tradição começou com um grupo de 25 pescadores que ofereciam presentes para a entidade para que ela devolvesse em peixes. Na década de 1950, o nome oficial da comemoração passou a ser “Festa de Iemanjá”. A celebração é uma das principais manifestações com origem nas religiões de matrizes africanas em Salvador.
O dia de celebração do orixá é o 2 de fevereiro, mas os festejos iniciam na véspera com a abertura do caramanchão montado ao lado da colônia de pescadores. O caramanchão é uma espécie de galpão ornado, os devotos colocam os presentes que, no dia seguinte, serão colocados nas embarcações e depositados no mar.