“Feminazi”: polícia erra feio em nome de operação e é alvo de críticas

A Polícia Civil do Paraná realizou, no último sábado (10/9), uma ação na cidade para combater o crime organizado. A investigação prendeu uma quadrilha de tráfico de drogas e roubo que atuava na região de Paranavaí. No entanto, o que chamou a atenção e sofreu uma enxurrada de críticas foi o nome de operação: “Feminazi”.

A explicação da polícia é ainda pior. “A operação recebeu esse nome porque a líder da organização é uma mulher. O termo é popularmente usado por feministas radicais com ideias extremistas que tem como objetivo estar em uma situação de superioridade em relação aos homens”, diz o texto enviado ao jornal Gazeta do Povo.

O que a polícia parece não saber é que as feministas não utilizam esse termo para se referir a elas mesmas. Na verdade, são os que não apoiam e denigrem esse movimento que chamam as mulheres de “feminazis”. Além disso, elas não lutam por serem superiores aos homens, mas sim pela igualdade.

Veja a repercussão.

.@masbemcapaaz É péssimo ter q esperar alguma coisa de polícia q intitula ação de “Operação Feminazi”.

— Lola Aronovich (@lolaescreva) 12 de setembro de 2016

polícia chama operação para prender líderes de quadrilhas em operação feminazi

podemos oficialmente jogar a pá de cal e acender a vela

— LABRADORA SATANICA (@nebelin3) 12 de setembro de 2016

Pois vejam vcs a explicação da Polícia Civil do PR p/ chamar a operação de ~FEMINAZI~. Machismo institucionalizado. pic.twitter.com/1ifhvs0TZs

— Priscila Vanti (@priscilavanti) 12 de setembro de 2016

“A operação foi chamada d feminazi pq a líder da organização é 1 mulher” https://t.co/hBny1H2BUY
só me lembra isso pic.twitter.com/bIFJhshEa8

— Ferdnands (@Bietzsch) 12 de setembro de 2016

A polícia fez operação para prender uma quadrilha que tinha uma mulher como líder e batizou de FEMINAZI mano não é possível

— Brunão (@bslvra) 12 de setembro de 2016

@samara7days viu o nome da operacao da policia do PR? Feminazi… Vergonha total, é pra se denunciar! https://t.co/rb489EnbKh

— Marcelo Montenegro (@MarceloMMG) 12 de setembro de 2016