Feliciano chama de “escárnio” o ato dos Três Poderes sobre 8/1; vídeo
Deputado Marco Feliciano pediu “empatia” aos presos durante os ataques golpistas às sedes dos Três Poderes em 2023
atualizado
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O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) divulgou, nesta sexta-feira (5/1), um vídeo em que chama de “escárnio” o ato Democracia Inabalada, que marca um ano das ações golpistas contra as sedes dos Três Poderes.
Organizado pelo governo federal e pelas presidências do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), o evento busca reafirmar a força da democracia, em memória aos ataques de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o deputado criticou o evento. “Não posso me calar diante de tanto escárnio”, disse. O parlamentar também defendeu as milhares de pessoas presas após os ataques, as quais chamou de “patriotas inocentes”.
“Prisão de centenas de patriotas inocentes. O contexto nós já sabemos. Não me surpreende um ato formatado pelo atual governo petista comunista que vai dar voz a diversas autoridades que defendem a tese do golpe de Estado perpetrado por senhorinhas e crianças com Bíblia e bandeira do Brasil em punho, sem uma única arma de fogo em mãos”, afirmou.
Veja:
Feliciano também pediu “empatia” por Clerison Pereira da Cunha, preso na Papuda e morto em novembro de 2023. Conhecido como Clezão, o homem estava detido desde 9 de janeiro, acusado de invadir o Congresso Nacional. Ele teve um mal súbito durante um banho de sol e não resistiu.
“O que irá me chocar será a falta de empatia e a falta da menção pública acerca da morte de Clerison, preso político. Se é para fazer um ato alusivo ao 8 de janeiro, deveriam ser coerentes e humanistas. Deveriam homenagear a quem de fato merece, as pessoas que sobreviveram às prisões arbitrárias, sem direito ao devido processo legal, que foram privadas do convívio dos seus familiares, filhos que ficaram meses longe das suas mães e pais”, afirmou Feliciano.
Oposição critica ato
Senadores de oposição ao governo divulgaram, na quinta-feira (4/1), um manifesto contrário ao ato que será feito na próxima segunda-feira, 8 de janeiro.
Os parlamentares “condenam vigorosamente os atos de violência e a depredação dos prédios públicos ocorridos” na ocasião, mas questionam a atuação do governo federal durante o episódio.
“A constatação de falhas por parte do governo federal para conter esses atos é preocupante e levanta sérias questões sobre a eficácia das medidas tomadas, que podem ser interpretadas como uma lacuna na capacidade do governo em antecipar e lidar com situações de potencial desestabilização, o que compromete não apenas a segurança pública, mas também a credibilidade das instituições responsáveis por garantir a ordem e a paz social”, destaca o documento.