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Fazenda nega estudar cobrança a alunos ricos em universidades federais

Ideia seria parte do cardápio formulado por uma ala do Executivo em meio à restrição orçamentária. Ministério da Fazenda negou

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Alunos da Universidade de Brasília UnB voltam às aulas após 67 dias de greve dos professores – metrópoles 5
1 de 1 Alunos da Universidade de Brasília UnB voltam às aulas após 67 dias de greve dos professores – metrópoles 5 - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles @vinicius.foto

O Ministério da Fazenda negou, nesta segunda-feira (8/7), estudos para cobrar mensalidade de alunos ricos em universidades federais. A ideia foi noticiada em reportagem da Folha de S.Paulo como parte do cardápio formulado por uma ala do Executivo em meio à restrição orçamentária. A ideia seria uma em mais de 100 iniciativas consideradas.

As propostas estudadas visam garantir o cumprimento das metas de resultado primário (receitas menos despesas, sem contar os juros da dívida) estabelecidas para 2024 e 2025, que são de déficit zero.

“O Ministério da Fazenda informa que tais iniciativas jamais estiveram entre as medidas em análise pela pasta”, disse a assessoria de comunicação da pasta chefiada por Fernando Haddad. A assessoria ressaltou ainda que não foi procurada pelo jornal, o que impediu uma manifestação oficial antes da publicação.

Segundo a apuração da Folha, a cobrança das mensalidades nas universidades seria restrita a alunos de classes sociais mais favorecidas, uma parcela do total de 1,3 milhão de estudantes matriculados na rede federal de ensino superior (segundo o Censo da Educação Superior do Inep de 2022).

O impacto da iniciativa ainda seria incerto, visto que nos últimos anos foi ampliada a presença de estudantes de classes menos abastadas nas universidades pública, promovida, principalmente, pelas cotas sociais.

Outra ideia do cardápio seria a alteração dos parâmetros do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para promover maior flexibilidade orçamentária.

Essas ideias estudadas pela equipe econômica são listadas após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) descartar mudanças mais estruturais nos pisos de saúde e educação, que são percentuais fixos da arrecadação da União direcionados, por imposição constitucional, para essas duas áreas.

Como a arrecadação é crescente, as despesas com saúde e educação também são impulsionadas, enquanto o crescimento anual do limite de despesas pode ser de, no máximo, 2,5% acima da inflação.

Com novas receitas, governo Lula tem melhor arrecadação em 29 anos

Bolsonaro atacou ideia

A informação foi usada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para criticar o governo Lula (PT). Pelo Instagram, Bolsonaro compartilhou uma notícia de quando sua equipe cogitou, ainda em 2018, a ideia e foi alvo de críticas de Haddad, que escreveu: “O deputado Jair Bolsonaro quer cobrar mensalidade nas universidades federais. Ele quer tirar o povo de lá. Para o candidato educação superior será somente para aqueles que podem pagar”.

Bolsonaro compartilhou a notícia com a música Essência da Paixão, do Grupo Revelação, que diz:

“Vem, meu amorTô carente, tão sozinhoPrecisando de carinhoVem, vamos recomeçar”.

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