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Fazenda mostra otimismo e diz que PIB deve crescer 2,2% em 2024

Expectativa para o crescimento do PIB brasileiro apresentada pelo governo é mais otimista que a do mercado

atualizado

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Prédios de ministérios começam a troca de nomes, Ministério da Economia vira Ministério da Fazenda
1 de 1 Prédios de ministérios começam a troca de nomes, Ministério da Economia vira Ministério da Fazenda - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda mostrou otimismo e indicou que a expectativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) nacional em 2024 segue em 2,2%. As projeções de mercado atualizadas apontam para crescimento de cerca de 1,6%.

“Considerando o conjunto de informações já disponíveis, é possível que assim como em 2023 as estimativas iniciais do mercado para a expansão do PIB em 2024 tenham que ser revisitadas”, diz a SPE.

O número oficial do governo, que já estava previsto no fim do ano passado (no Boletim Macrofiscal de novembro), foi apresentado em nota informativa divulgada nesta quarta-feira (31/1) sobre projeções macroeconômicas em 2023 e o que esperar para 2024.

A pasta ressalta que, apesar de estar “mais otimista” neste ano, a contribuição da agropecuária para o crescimento brasileiro deverá ser menor, assim como seu impacto em outros setores. “Essa contribuição, no entanto, (do setor agropecuário) deverá seguir positiva”, levando em conta o terceiro prognóstico de safra para 2024 e também projeções internas da SPE para o abate.

Nessa terça-feira (30/1), o Fundo Monetário Internacional (FMI) aumentou a previsão de crescimento do Brasil em 2024. No relatório “World Economic Outlook” (“Perspectivas Econômicas Mundiais”) a entidade projetou um avanço de 1,7% para o PIB neste ano. O novo número ficou 0,2 ponto porcentual acima da estimativa anterior, divulgada em outubro de 2023. Em 2025, o país deve crescer 1,9%.

Com isso, o FMI se aproxima da projeção dos agentes econômicos do mercado nacional, divulgada também na terça pelo Banco Central (BC) do Brasil, de 1,6%.

O governo ainda prevê uma expansão da participação da receita líquida do Governo Central para 19,2% do PIB, decorrente do que classifica como “correção de distorções e promoção da justiça tributária por meio da agenda proposta pelo Ministério da Fazenda e aprovada pelo Congresso Nacional em 2023”.

No ano passado, o governo conseguiu aprovar a taxação de fundos dos chamados super-ricos e outras medidas que aumentam a arrecadação federal. Com isso, a equipe econômica mira a meta de déficit fiscal zero neste ano, algo que é questionado por economistas e políticos.

“Este patamar é consistente com o equilíbrio orçamentário, priorizando os direitos sociais garantidos na Constituição Federal, a inclusão do pobre no Orçamento e o aumento da progressividade do gasto, por um lado, assim como a progressividade e isonomia tributária sob a ótica das receitas”, conclui a nota técnica.

Inflação em 2024

A SPE diz ainda que, para 2024, a expectativa é que a desinflação siga ocorrendo, auxiliada, dessa vez, também por um aumento da produtividade.

É citado o impulso dos benefícios sociais, como o Bolsa Família, para o consumo e o mercado de trabalho.

2023

O documento do ministério de Fernando Haddad ressalta que, numa análise a posteriori, “é possível afirmar que as expectativas de mercado para o crescimento e inflação se mostravam excessivamente pessimistas no início de 2023”.

O PIB deverá crescer cerca de 3,0% neste ano, diz a pasta. O resultado do ano passado será divulgado em 1º de março.

Enquanto isso, a inflação do ano passado, já divulgada, voltou para o intervalo proposto pelo regime de metas, fechando 2023 em 4,6% (ante 5,8% em 2022).

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para o ano passado era de 3,25%. Como há intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta seria cumprida se ficasse entre 1,75% e 4,75%.

Inflação no Brasil termina 2023 em 4,62% e fica abaixo do teto da meta

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