Farra sexual na cadeia: parlatório e pátio foram palco de orgia no Rio
Juiz determinou que secretaria identifique todos os envolvidos na irregularidade e que restabeleça sistema interno de câmeras de segurança
atualizado
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Rio de Janeiro – O juiz Bruno Monteiro Rulière, titular da Vara de Execuções Penais (VEP), determinou que a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária providencie a identificação dos presos ainda não conhecidos pela Justiça que exerceram indevidamente o direito à visita íntima no Complexo de Gericinó, na zona norte.
A decisão do magistrado acabou tomada após a denúncia de que chefes de uma facção criminosa levaram mulheres para dentro da Penitenciária Jonas Lopes de Carvalho (Bangu 4), em 23/12/2021, quando uma grande farra sexual foi realizada. No documento, ao qual o Metrópoles teve acesso, o juiz informa que a orgia aconteceu também no parlatório e no pátio de visitas.
O magistrado determinou que a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) faça manutenção e reparos no sistema de circuito interno de câmeras das unidades prisionais. Rulière também decidiu que todos os servidores que estavam no estabelecimento penal no dia (entre 9h e 17h, horário em que a orgia aconteceu) devem ser realocados em outras unidades prisionais, bem como estão proibidos de entrar em Bangu 4.
Em nota, a Seap informa que a Corregedoria do órgão instaurou, em 4/1, procedimento de apuração para investigar as irregularidades.
“Nesta terça-feira (11/01), diretor, subdiretor e chefe de segurança da unidade foram exonerados e nove presos suspeitos de estarem envolvidos no caso foram transferidos para a penitenciária de segurança máxima Laércio da Costa Pelegrino (Bangu 1)”, diz o texto.