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Farra do INSS. Lupi minimiza saída de diretor: “Procedimento natural”

André Fidelis foi exonerado do INSS nesta sexta. Ele teria assinado acordos de cooperação com empresas que descontavam de aposentados

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O Ministério da Previdência Social e o Instituto Nacional do Seguro Social realizam cerimônia de aniversário em comemoração aos 34 anos do INSS
1 de 1 O Ministério da Previdência Social e o Instituto Nacional do Seguro Social realizam cerimônia de aniversário em comemoração aos 34 anos do INSS - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, minimizou, nesta sexta-feira (5/7), a exoneração do diretor de Benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), André Fidelis, anunciada mais cedo.

“É um procedimento natural. Foi uma avaliação que nós fizemos de alguns resultados. É um funcionário de carreira e, na natureza da Previdência, nós temos sempre de aprimorar o nosso serviço, trazer quadros que tenham experiências para nos acrescentar, e cumpriu uma etapa dele. Agora, estamos começando uma nova etapa”, disse Lupi após participar da cerimônia pelos 34 anos da autarquia, em Brasília, com a presença do diretor do instituto, Alessandro Stefanutto.

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Ministério da Previdência Social e o Instituto Nacional do Seguro Social realizam cerimônia de aniversário em comemoração aos 34 anos do INSS
Presidente do INSS, Alessandro Stefanutto
Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi
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Presidente do INSS, Alessandro Stefanutto

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Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi

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A farra dos descontos sobre os pagamentos feitos pelo INSS a idosos e pensionistas movimentou mais de R$ 2 bilhões entre 2023 e 2024. O dinheiro, que saía da conta de aposentados, foi destinado a pelo menos 29 entidades, que ofereciam serviços como planos de saúde e seguros.

Questionado se outros funcionários da área também serão exonerados nos próximos dias, o ministro respondeu: “É muito das necessidades que a gente, em conjunto com o Stefanutto, traça. Nossos objetivos estão traçados, e sempre vamos procurar ter toda a diretoria afinada com a direção e objetivando dar direito a quem tem direito. É só isso”.

O ministro acrescentou que os setores da Previdência e do INSS, auxiliados pela Polícia Federal (PF), seguirão tocando as apurações. Ele salientou que a investigação é feita “dando amplo direito de defesa a cada cidadão para depois se ter um resultado”.

Alessandro Stefanutto frisou que as apurações são independentes, e indicou que é possível não haver comprovação de irregularidades. “Muita coisa se falou, mas eu vou falar como procurador: quando você chega ao fato, às vezes, você não consegue provar. Às vezes, tem uma especulação ou tem alguma informação, mas, quando você vai para o formal, para apurar, você não consegue provar.”

Stefanutto é procurador federal de carreira da Advocacia-Geral da União (AGU) e atuou como procurador-chefe do próprio INSS. Ele está na presidência do órgão há um ano.

Próprio diretor queria sair

Havia um desejo do próprio Fidelis de sair antes de toda essa situação, segundo informado pelo presidente do INSS. “Já havia esse desejo. A saída agora foi um processo normal. Não foi ‘a pedido’, mas quando você sai normalmente não se ocorre ‘a pedido’ porque a volta dele ao Recife, no caso, se fosse a pedido, ele perderia um monte de indenizações, a passagem aérea… Então, não é justo com alguém que colaborou. Não ter sido ‘a pedido’ não quer dizer nada”.

Ele completou: “Quanto a mudanças, elas são constantes, a gente conforme vai vendo que precisa melhorar aqui e ali a gente troca as pessoas. Não troca, mas a gente pega pessoas talvez com um perfil mais adequado, mas nesse caso particular é tranquilo”.

Stefanutto disse à reportagem já ter o nome do substituto, mas não informou quem será. “Sempre gente da casa, o ministro não traz ninguém de fora”, se limitou a dizer.

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