Faroeste no Rio: imagens mostram cenas inusitadas em tiroteio em bar
Quatorze meses após a confusão, investigação não identificou envolvidos e trata como vitima pessoas que efetuaram disparos com armas de fogo
atualizado
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Em 30 de janeiro de 2022, uma briga generalizada em um bar na Zona Oeste do Rio de Janeiro terminou em um tiroteio. O evento gerou espanto pela quantidade de pessoas armadas no mesmo local: pelo menos seis pessoas portavam armas naquele dia. Pouco mais de um ano depois, o caso está na Justiça, mas a investigação avançou pouco e falhou em identificar os agressores.
As informações são da TV Globo, que teve acesso as imagens de câmera de segurança do Bar Beco, no bairro Campo Grande, onde aconteceu o tiroteio. A emissora também obteve o processo que corre na Justiça do Rio de Janeiro. A confusão deixou quatro pessoas feridas, e, até agora, apenas três dos envolvidos na briga foram identificados.
Um dos envolvidos na confusão é o policial militar Felipe Augusto Cancellas. O PM teria atirado do carro várias vezes contra o bar. Ele responde a um processo por quatro tentativas de homicídio e uma lesão corporal, e está preso desde o dia do crime.
As imagens gravadas mostram cenas inusitadas, como um homem que usa duas pistolas, um atirador que leva a pistola em uma mão e um copo na outra e um cliente que continua a beber tranquilamente enquanto uma confusão se desenrola ao redor.
Cadeirada interrompida
O tiroteio começa a partir de uma briga entre três homens que pagavam a conta, de repente, um começa a espancar o outro.
Na bagunça, a maior parte das pessoas quer separar os brigões, mas um outro individuo que não participava da história decide dar uma cadeirada. O golpe é interrompido por uma outra pessoa, que segura o objeto.
Pistolas banalizadas
O uso de armas no Rio de Janeiro parece tão banalizado que o fato de diferentes pessoas sacarem pistolas não assustou os outros clientes. Homens armados circulam, mas ninguém corre.
Apesar de a briga se intensificar, nenhum dos armados efetua um disparo.
Homem puxa duas pistolas
Enquanto a confusão se desenrolava as câmeras flagram uma pessoa sentado a certa distância de onde aconteciam as agressões. De repente, o homem que ainda não foi identificado, se levanta e puxa duas pistolas.
Ele aponta as armas, uma em cada mão, para a confusão, mas não atira.
“Não e comigo”
Um cliente que usa camiseta branca e boné e está bebendo no balcão onde começa a confusão finge que tudo está normal ao redor. Ele não se levanta, não foge, e não briga, apenas continua tomando sua cerveja.
Pistola na mão direita, cerveja na esquerda
Quando os tiros começam do lado de fora do bar os clientes correm e se escondem, no entanto, um homem armado decide participar do tiroteio.
Sem largar o copo, ele vai à sacada do prédio e efetua diversos disparos para fora do estabelecimento com a mão direita.
Ele é o policial penal Carlos Eduardo Serra da Silva e é considerado vítima no processo judicial.
O balde é sagrado
Enquanto a briga se desenrola, um homem passa por cima de um ferido para salvar seu balde de cerveja.
Ferido, mas com sede
O policial que efetuou os disparos na varanda volta para dentro do bar e percebe que está ferido, mas isso não é o suficiente para fazê-lo largar seu balde de cerveja.
Agressão à mulher
No fim da briga, um dos homens que participou da confusão desde o início para e começa a agredir uma mulher. Ele para, coloca a mão no pescoço dela e a empurra pra trás.