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Farmácias registraram alta de 2.000% na procura por testes de dengue

O aumento foi registrado em janeiro deste ano em comparação com o mesmo período de 2023, nas drogarias Pacheco e São Paulo

atualizado

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Mão com luva azul segura tubo de exame de dengue vacina - Metrópoles
1 de 1 Mão com luva azul segura tubo de exame de dengue vacina - Metrópoles - Foto: Getty Images

O Brasil enfrenta um aumento expressivo nos casos de dengue, o que tem impulsionado a demanda pelos testes capazes de identificar a doença nas farmácias de todo o país. As unidades da Pacheco e São Paulo, do Grupo DPSP, registraram um aumento de 2.000% na procura pelos testes em janeiro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.

“Devido ao aumento significativo nos casos de dengue no Brasil, o Grupo DPSP registrou crescimento de mais de 2000% de testes de dengue realizados no país em janeiro de 2024, quando comparado com o mesmo período em 2023. Ainda, houve aumento de mais de 170% de testes realizados, se comparado com dezembro de 2023”, afirma Kefren Junior, gerente executivo de negócios do Grupo DPSP.

As farmácias Droga Raia e Drogasil, do Grupo RD, também tiveram um crescimento na busca pelos testes para detecção da doença. Entre novembro do ano passado e o início de fevereiro de 2024, foi registrado um aumento de 700% na procura pelo produto.

A Droga Raia e Drogasil realizam o teste antígeno NS1, que é coletado com uma gota de sangue do paciente. O resultado fica pronto em aproximadamente 15 minutos.

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O Distrito Federal recebeu somente 71.708 doses da vacina contra a dengue, 36% das 194 mil esperadas
Vacina contra a dengue produzida pela farmacêutica japonesa Takeda
Intervalo entre aplicações da Qdenga é de três meses
Agente da Prefeitura de Pindamonhangaba  (SP) realiza nebulização contra a dengue em imóvel residencial da cidade
247 militares do Exército Brasileiro se uniram aos agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (AVA) no DF
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Vacinação contra Dengue na Unidade Básica de Saúde nº 2 da Asa Norte (DF)

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O Distrito Federal recebeu somente 71.708 doses da vacina contra a dengue, 36% das 194 mil esperadas

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Vacina contra a dengue produzida pela farmacêutica japonesa Takeda

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Intervalo entre aplicações da Qdenga é de três meses

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Agente da Prefeitura de Pindamonhangaba (SP) realiza nebulização contra a dengue em imóvel residencial da cidade

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247 militares do Exército Brasileiro se uniram aos agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (AVA) no DF

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Ação no DF começou pelas ruas de Samambaia e Ceilândia

Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Segundo dados do Ministério da Saúde, o país registrou um aumento significativo nos casos de dengue nos primeiros meses de 2024. O avanço da doença fez com que a equipe da pasta de Nísia Trindade iniciasse a vacinação contra a doença em municípios selecionados.

O Painel de Monitoramento das Arboviroses, com informes diários sobre dengue, zika e chikungunya, mostra que o Brasil registrou 688.461 casos prováveis de dengue até o final de terça-feira (20/2). O país notificou também 122 vidas perdidas, e outras 456mortes estão sob investigação.

De acordo com a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), o número de exames de dengue realizados na rede privada teve um aumento de 21% em uma semana. A comparação é entre a semana de 14 a 20 de janeiro e a semana de 21 a 27 de janeiro de 2024.

Ainda segundo a associação, o número de exames realizados para detecção da doença tem subido desde dezembro de 2023.

Testes contra a dengue no Brasil

O Brasil possui três tipos de testes para detectar a dengue. São eles: NS1, sorologia e RT-PCR. A escolha para cada um irá depender dos sintomas apresentados pelo paciente no momento da coleta.

O pesquisador José Henrique Maia Campos de Oliveira, professor do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que atua em estudos com Aedes aegypt, explica que o teste rápido, aquele realizado em farmácias, tem eficácia para detecção da dengue, mas os exames laboratoriais possuem uma maior exatidão.

“Testes rápidos podem ser seguros e bons. Testes laboratoriais podem ser mais precisos, mas às vezes podem ser mais caros e demorados”, afirma José Henrique de Oliveira.

O pesquisador da UFSC complementa que o teste PCR é utilizado para identificar se há o vírus no corpo do paciente. Enquanto, o anticorpo busca uma molécula que indica que o organismo reagiu ao vírus que esteve no corpo em algum momento.

“Sorologia é o estudo de qualquer coisa que esteja no soro/plasma, que é a parte líquida do sangue. Porém, em diagnóstico de doenças infecciosas, a sorologia se refere mais à procura de alguma molécula que possa permitir o diagnóstico”, destaca José Henrique de Oliveira.

A médica Debora Fontenelle do Hospital Universitário Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro, reforça que o teste NS1 pode apresentar o falso negativo, no entanto, ele continua auxiliando na rápida detecção da dengue.

“O NS1 é aquele que faz no início da infecção porque é rápido. Ele dá um falso negativo. É um teste de triagem, mas ajuda”, frisa a médica.

A profissional do Hospital Universitário Pedro Ernesto coloca o RT-PCR como o teste mais eficiente para detecção da dengue.

“Ele é um exame padrão ouro para o teste de dengue até o quinto dia de doença. Após o quinto dia você já tem que ir em busca dos anticorpos, da classe IgM. A classe IgG aparece depois, então não serve para o diagnóstico no momento em que você está com a doença”, esclarece Debora Fontenelle.

O IgM positivo significa que o indivíduo possui anticorpos para a dengue, o que indica que ela foi exposta e está na fase ativa da doença com a possibilidade do vírus estar circulando no corpo do paciente.

Por outro lado, o IgG positivo pode indicar que o paciente está na fase crônica ou convalescente, quando já teve contato com a doença em algum momento.

Os primeiros sintomas da dengue são febre alta, que dura em torno de dois a sete dias, acompanhada por dores de cabeça, no corpo e nas articulações. Além disso, é comum pacientes apresentarem fraqueza, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele.

O Ministério da Saúde alerta que em caso de suspeita de dengue é importante aumentar a hidratação e evitar a automedicação. A pasta orienta a procura de assistência em uma unidade de saúde.

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