Farmacêuticas esperam aval da Anvisa para uso de remédios contra Covid
Na última semana, a Pfizer e o órgão regulador fizeram uma reunião para a pré-submissão do pedido de uso emergencial do medicamento Paxlovid
atualizado
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Duas farmacêuticas aguardam avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para incluir medicamentos contra a Covid-19 no mercado nacional.
Na última semana, a Pfizer e o órgão regulador fizeram uma reunião para a pré-submissão do pedido de uso emergencial do medicamento Paxlovid (nirmaterlvir+ritonavir) para tratar Covid. No entanto, a solicitação de uso do remédio ainda não foi realizada.
Os números da pandemia da Covid-19 no Brasil:
Além disso, desde o fim de 2021, a farmacêutica Merch Sharp & Dohme (MSD) enviou pedido de uso emergencial do remédio Molnupiravir à Anvisa. A solicitação segue em análise pela agência reguladora, que solicitou dados à empresa e aguarda o envio dos documentos. A entrega deve ocorrer ainda nesta semana, segundo previsão da Anvisa.
Caso aprovados, os remédios poderão ser utilizados na rede de saúde brasileira e auxiliarão no tratamento de pacientes com Covid durante a fase inicial da doença, já que ambos os medicamentos devem ser utilizados durante a primeira semana de sintomas.
Em nota, a Anvisa pontuou sobre o processo de análise de ambos os medicamentos junto à agência. Leia o posicionamento do órgão na íntegra:
Esclarecemos que a reunião com a Pfizer ocorreu como citado na matéria, mas o laboratório não pediu autorização de uso emergencial para a Anvisa, Portanto, não há análise em andamento na agência. Quanto ao medicamento do laboratório MSD/ Merck, a agência solicitou dados que ainda não foram entregues e a análise está em exigência. O laboratório sinalizou que deve entregar as informações pendentes esta semana.
Sem previsão
Como mostrou o Metrópoles, o Ministério da Saúde analisa a compra do medicamento Paxlovid, da Pfizer. No entanto, ainda não há previsão de quando o país receberia doses do remédio nem do quantitativo de pílulas que poderiam ser enviadas ao Brasil, caso o governo decida pela aquisição do fármaco.
De acordo com a farmacêutica, a pílula tem 89% de eficácia na prevenção de hospitalizações e mortes de pacientes de alto risco contaminados pelo novo coronavírus. O remédio já é utilizado em países como Canadá, Reino Unido, Estados Unidos e em regiões da Europa.
Assim como o Paxlovid, da Pfizer, o remédio Molnupiravir, da MSD, é administrado via oral, dentro de cinco dias após o surgimento dos sintomas. O fármaco impede que o vírus se replique e reduz a gravidade da doença.
O processo de análise do medicamento junto à Anvisa ainda não foi finalizado. Entretanto, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou que está em “diálogo avançado” com a MSD para fabricar o remédio no Brasil e definir a “melhor forma de acesso à população brasileira”.