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Faraó dos Bitcoins não temia concorrentes e eliminava rivais, diz MPRJ

“Medo de ninguém”, escreveu ex-garçom em conversa por aplicativo resgatada pela polícia e que consta de denúncia contra empresário

atualizado

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1 de 1 faraó dos bitcoins - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – A denúncia contra o ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins, acusado de mandar matar um concorrente, ressalta sua atuação violenta para “eliminar” rivais. De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), ele é suspeito de planejar as mortes de pelo menos dois opositores.

Segundo a denúncia, conversas de Glaidson com seus funcionários resgatadas de seus celulares revelam ordens para subordinados neutralizarem outros empresários do ramo.

Em um desses diálogos, o Faraó demonstra irritação com o avanço da empresa Oregon, que fechou as portas no mês passado e tinha ligações com um bicheiro. “Medo de ninguém”, escreveu.

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Glaidson foi preso em operação da Polícia Federal

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Divulgação Polícia Federal do Rio de Janeiro

A empresa, de acordo com a conversa entre Glaidson e Thiago de Paula Reis, seria do “pessoal do Anísio”, uma referência ao bicheiro Aniz Abrahão David.

“Não me interessa. Não tenho medo de ninguém. Estou avisando. Não tenho medo de ninguém”, disse o ex-garçom, ao ser informado pelo funcionário da possível ligação com o bicho.

Ainda na conversa, Glaidson se mostra incomodado com o fato da empresa estar oferecendo 15% de retorno aos clientes e pede providências de Thiago. “Vamos jantar eles”, diz Thiago. “Não quero 15%. Eu estou avisando. Dá o papo reto”, responde Glaidson. No diálogo, o “faraó” ainda alerta: “Olha a violência da cidade. Vai aumentar, hein”.

Glaidson teve a prisão decretada pela Justiça, acusado da tentativa de morte de Nilson Alves da Silva, o Nilsinho, em 20 de março deste ano, em Cabo Frio. Em decorrência dos ferimentos, Nilsinho ficou cego e paraplégico.

Segundo a denúncia, “o crime só não se consumou por circunstâncias alheias à vontade dos agentes”, já que a arma falhou após o primeiro disparo e a vítima recebeu pronto atendimento médico. Além do Faraó, outras cinco pessoas foram denunciadas pelo crime.

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