Faraó dos Bitcoins: Glaidson vira réu por tentativa de homicídio
Juíza da 2ª Vara Criminal de Cabo Frio aceitou denúncia que acusa Glaidson e outros cinco pessoas por tentativa de homicídio
atualizado
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Rio de Janeiro – A juíza Janaina Pereira Pomposelli, da 2ª Vara Criminal de Cabo Frio, aceitou denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e tornou Glaidson Acácio dos Santos, o ‘Faraó dos Bitcoins’, e mais cinco pessoas, réus pela tentativa de homicídio contra Nilson Alves da Silva, o Nilsinho.
A decisão da juíza desta terça-feira (14/12) foi confirmada pelo Tribunal de Justiça e pretende esclarecer o crime ocorrido em 20 de março deste ano, em Cabo Frio, na Região dos Lagos fluminense.
Na denúncia, os promotores afirmam que Glaidson mandou matar Nilsinho, que sobreviveu ao atentado.
Os acusados também são apontados pela Justiça como responsáveis pelo homicídio do investidor em criptomoedas Wesley Pessano, em São Pedro da Aldeia.
De acordo com as investigações da 126ª DP (Cabo Frio), Nilson foi atacado por atuar com investimento em criptomoedas, assim como Glaidson, como revela o delegado Carlos Eduardo Almeida.
A notícia serviria, segundo os investigadores, para que clientes de Glaidson retirassem os valores da GAS Consultoria e transferissem para a sua empresa.
Em trecho da decisão, publicada pelo g1, o Ministério Público aponta que “em razão do potencial da vítima Nilsinho para diminuir a quantidade de clientes da GAS, o que levaria o denunciado Glaidson a prejuízos financeiros que poderiam chegar à casa de milhões de reais, havia a suspeita inicial de que esta poderia ser a motivação da tentativa de homicídio”.
Entenda o caso
Glaidson foi preso pela PF, em 25 de agosto, com mais 16 pessoas. Todos se tornaram réus por organização criminosa; operação de instituição financeira sem autorização; gestão fraudulenta; e emissão, oferecimento ou negociação irregular de valores mobiliários.
Eles foram alvo da Operação Kryptus, da Polícia Federal, no Rio de Janeiro. Uma das acusadas é a esposa dele, a venezuelana Mirelis Zerpa, que está foragida.
As investigações da PF revelaram que Glaidson movimentou cerca de R$ 38 milhões no esquema criminoso, por meio de pessoas físicas e jurídicas até em outros países, como Estados Unidos, Reino Unido, Portugal, Uruguai, Colômbia, Paraguai e Emirados Árabes Unidos. O valor acabou bloqueado pela Justiça.