Faraó dos Bitcoins é investigado por morte do youtuber Wesley Pessano
Wesley Pessano, de 19 anos, foi morto a tiros em 4 de agosto dentro de um Porsche vermelho, em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos
atualizado
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Rio de Janeiro – Agentes da 125ª DP (São Pedro da Aldeia) investigam a participação de Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins, no assassinato do investidor em criptomoedas e youtuber Wesley Pessano, de 19 anos. Ele foi morto a tiros no dia 4 de agosto dentro de um Porsche vermelho, em São Pedro da Aldeia, Região dos Lagos.
Fontes da Polícia Civil ouvidas pelo Metrópoles revelam que a base da investigação são conversas encontradas no celular de Glaidson pela Polícia Federal e enviadas pela Justiça Federal à delegacia. Em uma delas, Glaidson cita o nome de Pessano e alega que o rival no mercado de moeda digital atrapalharia seus negócios.
Na guerra pelo mercado de investimentos, segundo os investigadores, Glaidson não toleraria que os concorrentes oferecessem contratos com rentabilidade superior a 10%. Pessano teria chegado a oferecer quase 40%. Pelas investigações, o mandante do assassinato do jovem teria pago R$ 40 mil pelo crime.
Na quarta-feira (15/12), a juíza Janaina Pereira Pomposelli, da 2ª Vara Criminal de Cabo Frio, aceitou denúncia do Ministério Público contra Glaidson e mais cinco pessoas pela tentativa de homicídio contra Nilson Alves da Silva, o Nilsinho, que também atuava no ramo de criptomoedas.
Os promotores afirmam que Glaidson mandou matar Nilsinho, que sobreviveu ao atentado, em 20 de março. Nilsinho disputava mercado com a GAS Consultoria, principal empresa do Faraó dos Bitcoins, em Cabo Frio, Região dos Lagos.
De acordo com as investigações, Fábio Natan do Nascimento e Chingler Lopes, ambos presos, teriam participado das mortes de Pessano e Nilsinho.
Glaidson foi preso pela Polícia Federal em agosto acusado de crime contra o sistema financeiro. Na Justiça Federal, ele foi mandado para o banco dos réus com outras 16 pessoas, entre elas sua esposa, a venezuelana Mirelis Zerpa, que está foragida. A GAS teve R$ 38 bilhões bloqueados por ordem judicial.