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“Fantasias confusas de criminoso”, diz Moro sobre acusação de fraude

STF abriu inquérito para apurar supostas irregularidades em delação premiada do empresário paranaense Tony Garcia

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1 de 1 foto colorida do senador Sérgio Moro - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O senador Sergio Moro (União-PR) usou as redes sociais, na tarde desta segunda-feira (15/1), para se pronunciar sobre a abertura de um inquérito que vai apurar irregularidades em uma delação premiada fechada pela Justiça Federal paranaense, ainda nos anos 2000, quando o parlamentar era juiz.

A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda a abertura do inquérito para investigar Moro (União-PR) e procuradores do Paraná.

O ex-juiz afirma que sua defesa ainda não teve acesso ao processo e lamentou a abertura das investigações. “Não temo qualquer investigação, pois sempre agi com correção e com base na lei para combater o crime”, escreveu.

Moro também argumenta que o inquérito tem base em “fantasias confusas de um criminoso condenado e sem elementos que as suportem”.

Entenda

O inquérito tem como base denúncias e depoimentos do empresário paranaense Tony Garcia, que foi quem fechou a delação premiada com Moro à época e, hoje, diz que cometeu crimes a mando do ex-juiz, que o teria ordenado gravar autoridades com foro privilegiado.

Garcia foi réu, acusado de fraude no Consórcio Nacional Garibaldi, no qual era um dos sócios. Ele foi condenado e ficou preso 81 dias, em 2006. Nas acusações que faz agora, garante ter sido usado por Moro e pelos procuradores do Ministério Público Federal, em Curitiba, para espionar e gravar outros investigados.

Em julho do ano passado, o empresário divulgou nas redes sociais o áudio de uma suposta gravação de conversa com o ex-juiz, na qual os dois falam sobre a sentença que o então magistrado daria a ele.

O empresário fez a denúncia e prestou depoimentos para a Polícia Federal no ano passado. O material embasou o pedido da PGR pela abertura de um inquérito. Agora, com a autorização da abertura de inquérito, Moro e os demais citados terão a oportunidade de se defender.

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